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Dia do Professor é lembrado por avanços na Educação e valorização profissional na Reme

Prefeitura Municipal valoriza os mais de 8,2 mil professores da Rede Municipal de Ensino

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No dia 15 de outubro é celebrado o Dia do Professor, data que homenageia estes profissionais de grande importância no desenvolvimento de todas as pessoas durante a formação escolar, desde a alfabetização até a área específica de atuação. Em Campo Grande, a Prefeitura Municipal valoriza os mais de 8,2 mil professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) que atuam em 205 unidades escolares – 99 escolas e 106 Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs) – e são responsáveis pelo ensino de aproximadamente 109 mil alunos.

O processo de ensino-aprendizagem passou por grandes modificações recentemente, em especial devido a pandemia, que alterou diversos processos já estabelecidos e também a forma de aprender e ensinar vivenciadas por docentes e alunos. Porém, o trabalho desenvolvido pelos professores se provou insubstituível, importante e essencial para toda a sociedade.

“A sociedade sentiu muita falta do professor, que é insubstituível. Eu acredito que não tem como trabalhar sem a presença do professor. É ele quem observa e aponta quando ao aluno está em dificuldades e precisa de ajuda, não apenas pedagógica. O período mais crítico da pandemia, com o isolamento, foi muito desgastante. E o professor teve que estar preparado para os desafios, mudou a forma de trabalhar, utilizando as ferramentas tecnológicas para conseguir continuar atendendo os alunos”, lembra a secretária municipal de Educação, Alelis Izabel Gomes.

O professor de matemática do ensino fundamental II, Jhonattan Araújo, ingressou como efetivo na Reme em 2020 – após assumir vaga no concurso público -, quando as aulas presenciais estavam suspensas por conta da pandemia. “Eu ingressei bem no meio da pandemia e a gente não tinha certeza de como ficaria o aprendizado das crianças por conta das aulas remotas. O ensino-aprendizagem tem sindo um desafio, mas temos conseguido superar, sempre com foco nos nossos alunos”.

O concurso público realizado em 2016 ofertou 645 vagas e contou com 19.176 inscritos, dos quais 2.934 foram aprovados, com 2,8 mil professores chamados e 2.324 efetivamente empossados e atuando. O aumento exponencial da quantidade de professores chamados, acima do número de vagas oferecidas, ocorreu devido a prorrogação do certame por mais dois anos e devido ao período da pandemia – que também influenciou na período de validade do concurso.

Além do concurso, também foram realizados processos seletivos para o cargo de professor nos anos de 2018 e 2021. E, para dar transparência no processo de contratação de professores temporários, no último processo, foi realizada prova escrita e a convocação ocorreu de acordo com a classificação e demanda de vagas.

IMPORTÂNCIA

Envolver o uso das tecnologias no ensino-aprendizagem é um dos trabalhados que ganhou força durante a pandemia. E, desde o retorno 100% presencial das aulas, a partir deste ano, os professores também tiveram novos desafios no dia a dia em sala de aula.

“Mudou a forma de trabalhar do professor, até com as ferramentas tecnológicas usadas na pandemia, e que agora são usadas também no planeja mento. Elas precisam ser aproveitadas porque o aluno usou, e sabe muito bem como usar, e se o professor não utilizar a internet, o aparelho celular, o computador, obviamente o aluno vai cobrar. Muitos precisam se desdobrar para criar novas formas de ensino, recuperar a aprendizagem. A dedicação do professor agora é muito maior do que antes da pandemia. O professor teve muito trabalho e continua a ter. É ele quem acolhe, dá escuta, ensina, pesquisa, vence desafios, e é por isso a nossa homenagem e gratidão por tudo que fazem e representam na sociedade, promovendo transformações”, observa a prefeita de Campo Grande Adriane Lopes.

Os desafios relacionados a tecnologia são pontuados também como as mudanças na atuação em sala de aula. “O professor deste século enfrenta desafios únicos, muito por conta das tecnologias digitais que os alunos têm muito mais acesso. Nosso papel enquanto professor passa mais por orientação e mediação ao acesso de todas essas informações que o aluno tem e que antigamente não tinha, a gente via o professor mais como transmissor de conhecimento”, afirmou Araújo.

Mas lecionar também é estar atento as necessidades do alunos. E a Reme oferece desenvolvimento integral aos alunos por meio da prática de esportes e atividades culturais e artísticas oferecidas nas unidades escolares. Na Capital, os estudantes têm acesso aos projetos “Esporte Escolar da Reme” e “Arte e Cultura da Reme”, oferecidos no contraturno ou turno estendido, das aulas regulares. No total são 21 modalidades esportivas, seis linguagens e 21 expressões artísticas, beneficiando os alunos em 119 escolas.

“Atuo na Reme há 8 anos, desde a minha formação, e no começo nada é fácil. Mas com o tempo e com a experiência fui me sentindo mais confortável e entendendo a importância da arte na educação das crianças e adolescente. O que me motiva é principalmente a questão de sensibilizar o aluno, fazer com que ele compreenda o valor da arte na educação e quem sabe se interesse em trabalhar como professor ou artista também”, explica a professora de Artes e de “Circo”, Renata Cáceres.

Enquanto o mundo passa por mudanças constantes que também atingem a área da educação, muitos professores confirmam a máxima relacionada a preparação, vocação e o amor por ensinar. “A nossa jornada é trabalhosa, fácil não é, mas as recompensas são infinitas. A cada “prô, eu te amo”, ou a primeira palavra lida, a felicidade ao ver meus alunos completando a primeira frase sozinhos, conquistas, avanços e desenvolvimento, tudo isso é o meu maior presente do dia dos professores! Amo ser professora”, disse a professora Inaiá Rosa Cherbakian, de 41 anos. Ela lecionada para o 2° ano do ensino fundamental na Escola Municipal Nerone Maiolino, no Vida Nova e na Escola Municipal Prof. Vanderlei Rosa de Oliveira, no Bairro Novos Estados, escola que leva o nome do pai dela. “Meu pai também foi professor. Ele morreu quando eu era muito pequena. Mas é um orgulho poder atuar como professora na escola que tem o nome dele”.

Outra questão relacionada ao trabalho do professor envolve o exemplo, além do compromisso de ensinar. “Ficou claro que o professor é insubstituível. Ser professor não é só ensinar conteúdo, mais também transmitir experiência, dar bons exemplos para nossas crianças e adolescentes. Muitas vezes, o que nossos alunos mais precisam é um pouco de carinho e compreensão. Por isso, o Dia do Professor tem que ser exaltado de todas as maneiras possíveis. Pois sem bons professores não teremos bons profissionais e, mais do que isso, pessoas de bem”, afirma o professor Anderson Dionísio, 51 anos, que dá aulas de Educação Física na EMEI Eloy Souza da Costa – no Tijuca.

A atuação junto aos alunos público-alvo da educação especial da Reme também é lembrada pelos professores que trabalham com os alunos com deficiência. A professora Elaine Mello Eleutério, que dá aulas na Emei Cordeirinho de Jesus, no José Abrão, decidiu ser professora para atuar com alunos especiais. “Quando criança tive muita dificuldade na alfabetização e fui rotulada por ser muito tímida. Decidi que quando fosse professora olharia para aqueles com dificuldades e assim fiz. O primeiro aluno que tive era cadeirante, no primeiro momento me assustou a grande responsabilidade, mas comecei a trabalhar com a turma sobre a aceitação dessa criança. Ele foi estimulado e todo o trabalho feito ajudou no desenvolvimento”.

Atualmente, a professora leciona para uma aluna surda e ajuda na alfabetização em Língua Brasileira de Sinais (Libras) dos demais alunos da turma, que são crianças de 3 e 4 anos. “Estou nesse universo de inclusão já tem quatro anos e a minha aluna surda não foi uma surpresa. Só aumentou meu núcleo de necessidades educativas especiais. Acredito que inclusão é proporcionar ao aluno um ambiente favorável para seu desenvolvimento físico, motor, cognitivo e social”.

Fábia Menezes de Oliveira, 42 anos, professora da Sala de Recursos Multifuncionais da Escola Municipal Professora Gonçalina Faustina de Oliveira, no Tarumã, exalta o trabalho voltado aos alunos com deficiência da Reme. “A importância de ser professora, na minha vida, é ver o desenvolvimento de cada aluno no dia a dia, ver a evolução de sua aprendizagem. Como professora de sala de recursos não trabalhamos somente voltados aos conteúdos, mas também na troca de experiência, para que a criança ganhe autonomia. É um trabalho realizado com muito carinho e percebo o retorno das famílias”.

ATUAÇÃO

O ano letivo, em 2022, foi iniciado com 100% das aulas presenciais, priorizando o acolhimento, a busca ativa dos alunos, a formação e acompanhamento dos profissionais de educação. Em diversas frentes de atuação, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), atuou – na época da suspensão das aulas e no retorno presencial – para garantir o bem-estar dos alunos e profissionais da Educação.

No retorno presencial, a primeira ação foi refente a aplicação da avaliação diagnóstica aos alunos matriculados na Reme, com o objetivo de identificar e reconhecer a aprendizagem dos alunos a fim de nortear as políticas educacionais da Semed, bem como as práticas pedagógicas dos profissionais de educação. A partir da análise dos dados coletados por intermédio da avaliação diagnóstica, os técnicos formadores realizaram o assessoramento pedagógico/acompanhamento pedagógico aos profissionais de educação da Reme. O assessoramento acontece nas escolas municipais, a partir dos resultados bimestrais e da análise da avaliação diagnóstica. Essa ação tem por objetivo orientar práticas metodológicas, visando mitigar os problemas de aprendizagens verificados no retorno às aulas presenciais.

Também foi realizada a nova edição do Programa de Formação Continuada Reflexões Pedagógicas on-line: Diálogos entre a Teoria e a Prática, no mês de maio, com o objetivo de assegurar estudos e reflexões sobre o trabalho pedagógico dos profissionais de educação, a fim de contribuir com o processo de ensino e aprendizagem, na perspectiva da reflexão teórico-prática, atendendo aproximadamente 7 mil profissionais de educação.

A partir da adesão dos programas Tempo de Aprender em parceria com o Ministério da Educação e MS Alfabetiza em parceria com o governo estadual, os quais atendem as turmas do ciclo de alfabetização, foram realizadas formações presenciais. No total, participaram aproximadamente 800 profissionais da alfabetização que atuam diretamente com o 1º e 2º ano do Ensino Fundamental. A formação teve como finalidade a apresentação dos programas, demonstrando possibilidades de articulação com os referenciais curriculares que orientam as ações da REME.

Está em fase de implantação o Programa Caminhos para a Equiparação das Aprendizagens/PCEA, para os anos letivos de 2022 a 2024, na Reme. O mesmo terá por objetivo implementar estratégias de intervenção para o desenvolvimento e consolidação das aprendizagens consideradas essenciais para a continuidade da trajetória de estudos dos estudantes, destinado aos alunos do ensino fundamental, a partir do terceiro ano.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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