Apesar do surto de febre maculosa em uma fazenda no interior de São Paulo ter acendido um alerta nos estados brasileiros, a doença causada por carrapatos-estrelas, não é preocupação na Capital de Mato Grosso do Sul. Isso porque em dez anos, foram registrados apenas 6 casos. O último foi registrado em 2018. Ao todo, nesses período foram 55 casos suspeitos, 48 descartados.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), afirma que não há motivo para se preocupar, mas que os cuidados devem ser mantidos pelo município, que está localizado em uma região de muitas áreas verdes e com presença de animais silvestres.
Conforme a CVS (Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica) de Campo Grande, não há informações referentes a óbitos.
Doença – A febre maculosa é transmitida principalmente pelo carrapato-estrela (Amblyomma sculptum), também conhecido como carrapato-estrela das capivaras. Essa espécie de carrapato é o principal vetor da doença no Brasil. Os carrapatos infectados podem transmitir a bactéria Rickettsia rickettsii para os humanos por meio da picada.
Além dos carrapatos, outros animais podem desempenhar um papel na transmissão da febre maculosa, servindo como hospedeiros para os carrapatos infectados.Outros animais silvestres, como equídeos, cães, aves e pequenos mamíferos, também podem abrigar os carrapatos e desempenhar um papel na manutenção da infecção.
“É importante ressaltar que a febre maculosa não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra, apenas por meio da picada de carrapatos infectados. Não há registro recente de casos em animais na Capital. A presença do carrapato-estrela, bem como da população de capivaras é monitorada pela EMBRAPA”, disse a coordenadoria.
Medidas – A CVS ressaltou algumas medidas preventivas ao frequentar áreas onde há presença de capivaras, como parques e áreas verdes.
“Recomenda-se evitar o contato direto com os carrapatos, usar roupas adequadas, aplicar repelentes e realizar uma inspeção minuciosa no corpo após a exposição a esses ambientes”
Sintomas – Os sintomas da febre maculosa envolvem febre, dor de cabeça intensa, erupção cutânea e dores no corpo após a exposição a áreas com risco. “É essencial buscar atendimento médico imediato. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações graves”.
(Fonte: CampoGrandeNews. Foto: Divulgação)