A epidemia de dengue em Campo Grande pode ser uma das piores da história da Capital se os números continuarem subindo de forma tão rápida. Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) este ano corre o risco de superar os números de 2019, considerado um dos mais graves onde 44 mil casos da doença foram registrados.
Apesar de preocupantes, a situação não surpreende as autoridades por conta do alto índice de chuva e da onda de calor. Nos vintes primeiros dias de março foram notificados 1.476 casos dengue.
A superintendente em vigilância da Secretaria de Saúde de Campo Grande, Veruska Lahdo, destaca que são 2.912 casos de janeiro a fevereiro de 2023. “Em três meses um óbito pela doença foi confirmado e um segue em investigação”, alerta.
As casas continuam registrando o maior números de focos: “Estamos com vários projetos para conscientizar os moradores como visita domiciliar dos agentes de endemias e o método wolbachia. Todo empenho agora é necessário para combater a doença, as unidades de saúde estão superlotadas. Enfrentamos dois grandes problemas, os casos de dengue e de doenças respiratórias”, enfatiza Veruska Lahdo.
Em relação à chikungunya em Mato Grosso do Sul, foram sete notificações e cinco casos confirmados. Não há casos de zica confirmados no Estado.
Enfermeiro doutor em infectologia, Everton Lemos, lembra que a dengue é uma doença viral, apresentando quatro sorotipos diferentes: “Diante do nosso cenário atual, quanto maior o número de casos, maiores são as possibilidade de pessoas terem quadro grave”.
Ele ainda destaca que a dengue precisa ser identificada e monitorada para eventual sinal de alarme, reduzindo as chances de gravidade e óbito. “Tanto a dengue, quanto a zika e a chikungunya são arboviroses, que apresentam sintomas semelhantes. O paciente precisa ser avaliado e manejado da melhor forma. Apesar dos avanços importantes, não temos ainda uma vacina no programa nacional”, alerta do enfermeiro.
(Fonte: CampoGrandeNews. Foto: Divulgação)