Política

Candidatos prometem desde aumento de benefício social até mínimo de R$ 7,5 mil

Na visão dos oito postulantes, os programas protocolados no TSE listam o que a população de Mato Grosso do Sul precisa

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Resta pouco menos de um mês para a eleição do governador ou governadora que vai comandar Mato Grosso do Sul de janeiro de 2023 até dezembro de 2026. No papel, os oito concorrentes ao cargo têm ideias definidas e acertadas para conduzir suas gestões.

No programa de governo dos candidatos, há soluções para todos os perrengues enfrentados no dia a dia pela população: emprego; projetos ligados ao setor da saúde; educação; questões sociais; e até que o salário mínimo deve girar em torno de R$ 7,5 mil, soma que supera em quase seis vezes o montante pago hoje.

Será mesmo que os postulantes ao principal cargo público do Estado – cujo salário mensal beira a casa dos R$ 35,5 mil e a campanha política que o elegerá se aproxima de R$ 9,5 milhões – cumpririam tais promessas se vencessem a eleição?

Por ordem alfabética, veja aqui trechos de algumas das promessas dos políticos que querem governar MS. Nesta página, o leitor vai consultar apenas partes dos planos dos concorrentes.

No entanto, caso queira ver os projetos por inteiro, é possível consultá-los neste endereço: divulgacandcontas.tse.jus.br. Com essa ferramenta, inventada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), basta clicar no nome do candidato e, assim que a fotografia dele aparecer, clicar, do lado direito da tela, na janela que diz “proposta de governo”.

Veja, agora, parte dos projetos dos oito candidatos.

ADONIS MARCOS

Adonis Marcos, candidato do Psol e da legenda Rede, que firmaram uma federação, ou seja, viraram um só partido, diz que quer impor o que chama de “governo popular que transforme o Estado e molde um futuro de justiça social, sem opressões e violência, com respeito à diversidade, à natureza e aos povos originários”.

O concorrente do Psol defende o respeito aos direitos humanos, como a garantia de igualdade de gênero, e repudia todas as formas de discriminação – étnica, racial, religiosa, sexual ou outras –, abonando, com isso, espaço para a participação política, respeito e atenção às demandas específicas de cada grupo.

ANDRÉ PUCCINELLI

André Puccinelli, que já governou MS por duas gestões (2007-2014), o candidato do MDB, promete consolidar uma política estadual de combate à fome e redução da pobreza e desigualdades, garantindo o direito constitucional à alimentação adequada, promovendo a soberania e a segurança alimentar e nutricional às populações em situação de pobreza, extrema pobreza e vulnerabilidade social.

Na conta do programa do emedebista, acerca da questão da segurança, ele diz que “os nossos cidadãos merecem viver em uma sociedade pacífica e se sentirem seguros nos locais onde convivem com seus familiares e em suas comunidades. Merecem, ainda, não serem discriminados ou vítimas de injustiças. É preciso, portanto, o desenvolvimento de políticas públicas que visem à harmonia e à inclusão social, mas que combatam situações de violência e de injustiça. Ou seja: por um lado, é preciso promover a cidadania, a tolerância e a inclusão social; por outro, é preciso lidar com os problemas de segurança”.

RENAN CONTAR

Renan Contar, deputado estadual que concorre ao governo de MS pelo PRTB, acredita que, se vencer, com seu programa poderá impor redução de impostos, humanizar e tornar o serviço público mais eficiente e eficaz, fomentar o turismo e as potencialidades locais e profissionalizar, modernizar, reestruturar e dinamizar a estrutura pública.

O candidato promete também reduzir as desigualdades.

EDUARDO RIEDEL

Eduardo Riedel, o concorrente do PSDB, afirmou que seu governo, se eleito, deve ampliar o valor do Mais Social, programa que paga hoje R$ 300 mensais, para R$ 450.

Ele também quer prorrogar o prazo de benefício da conta de luz zero; ampliar o benefício da CNH MS Social, promover a inclusão social, econômica e política de todos, independentemente da idade, gênero, deciência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica ou outra; implementar o plano de políticas públicas para as comunidades indígenas; adotar políticas que promovam o uso de tecnologias para ampliar o acesso do cidadão aos serviços públicos; e buscar parcerias para ampliar a oferta de oportunidades de qualificação e capacitação para o mercado de trabalho.

GISELLE MARQUES

A advogada Giselle Marques de Araújo, a candidata do PT, promete para o setor da habitação, em parceria com União e municípios, construir casas populares com infraestrutura e equipamentos públicos, priorizando terrenos a serem adquiridos nas áreas mais centrais dos meios urbanos.

Planos de Giselle para o segmento da educação: defender a educação pública, inclusiva e de qualidade, com participação popular; valorizar os profissionais da educação; e a gestão democrática, com eleição direta para dirigentes escolares.

Ela quer, ainda, articular com os municípios a ampliação da oferta da Educação Infantil, creche e pré-escola, garantindo o direito das crianças à educação. A petista promete, também, reformular o Ensino Médio, de forma a garantir a oferta de qualidade, com formação geral e profissional, articulada com os institutos federais, para proporcionar autonomia à juventude.

MAGNO DE SOUZA

Magno de Souza, indígena, candidato do PCO, que diz ser “contra o desemprego e as demissões”, quer a redução da jornada de trabalho para o máximo de 7 horas por dia, 5 dias por semana (35 horas semanais). Com isso, ele defende a ideia de “trabalhar menos para que todos trabalhem”.

Ele diz, ainda, em seu plano de governo, querer brigar pela “proibição das demissões e pela readmissão de todos os demitidos na pandemia; ocupação e controle dos trabalhadores sobre as empresas que demitam ou ameacem fechar; seguro-desemprego igual ao último salário recebido para todos os trabalhadores demitidos; proibição de despejos e cortes de serviços essenciais (como água, luz, gás, etc.) para todos os desempregados”.

O PCO afirma também que o salário mínimo “não poderia ser menor do que R$ 7,5 mil”.

MARQUINHOS TRAD

A intenção de Marquinhos Trad, do PSD, ex-prefeito de Campo Grande: “A primeira providência que vamos tomar é elaborar, no menor prazo possível, uma política pública de assistência social que faça chegar às pessoas em extrema vulnerabilidade as condições mínimas de sobrevivência. A população que se encontra nessas condições não poderia deixar de ser nossa prioridade número 1. Isto é necessário e urgente”.

Marquinhos diz, ainda, que seu governo pretende melhorar a questão da habitação.

“Vamos auxiliar as prefeituras de Mato Grosso do Sul a levar o endereço oficial às famílias que residem em aglomerações nas áreas públicas consolidadas com alguma infraestrutura, por meio de apoio técnico, jurídico, urbanístico, ambiental e social. Reduzir o deficit qualitativo, com incremento de melhorias habitacionais. Com o lote regularizado, as famílias terão oficialmente seu local de correspondência e a oportunidade de investir na melhoria da habitação e consolidar com segurança suas moradias”.

ROSE MODESTO

A candidata do União Brasil, a deputada federal Rose Modesto, em seu programa de governo diz que pretende “conectar os diferentes por meio da confiança, acompanhar as mudanças locais e globais e ter como fio condutor de todas as nossas ações uma educação de excelência, focada no pleno desenvolvimento humano e na promoção de maior qualidade de vida para os sul-mato-grossenses”.

A candidata propõe, também, cuidados com o meio ambiente, como “apoiar a fiscalização de uso de insumos e defensivos agrícolas em todas as áreas de captação de água, áreas próximas a microbacias e bacias, com atuação do Imasul e da comunidade”.

SAIBA

O plano de governo, apresentado no ato e registro de candidatura, é um meio de o eleitor saber se quem vencer o pleito cumprirá o que prometeu quando pedia os votos durante a campanha.

(Fonte: VejaaquiMs. Foto: Reprodução)

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