Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer infantojuvenil representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.
Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Atualmente, cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
Em Mato Grosso do Sul, a Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC/MS) desde 1998 acolhe crianças e adolescentes com câncer de todo o Mato Grosso do Sul e, ano após ano, trabalha em seus canais de comunicação informações importantes a respeito do tema.
Segundo o Dr. Marcelo dos Santos Souza, oncologista pediátrico responsável pelo Centro de Tratamento Onco Hematológico Infantil (CETOHI), onde os assistidos da AACC/MS passam por tratamento, quanto antes os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil forem detectados, maiores são as chances de cura. Devem ser observados os seguintes aspectos nas crianças e adolescentes: perda de peso; manchas roxas, sangramento pelo corpo sem machucado; febre prolongada de causa não identificada; vômitos acompanhados de dor de cabeça, diminuição da visão ou perda de equilíbrio; dores nos ossos ou nas juntas, com ou sem inchaços; caroço em qualquer parte do corpo, principalmente na barriga; crescimento dos olhos, podendo estar acompanhado de mancha roxa no local.
Cura – No CETOHI, que completa esse ano 22 anos de funcionamento, o médico e sua equipe já trataram mais de 1700 crianças e adolescentes de 0 a 18 anos com câncer e mais de 1500 crianças com doenças hematológicas. O índice de cura hoje é de cerca de 67%, mas varia de acordo com o tipo de câncer e o quão avançada está a doença quando o paciente chega para tratamento, por isso, detectar a doença o quanto antes pode ser crucial. “Se você perceber qualquer um desses sinais e sintomas em alguma criança, não hesite, procure ajuda médica. O diagnóstico precoce pode salvar vidas”, afirma doutor Marcelo.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)