Consumo

Abate de suínos bate recorde histórico no segundo trimestre em MS

A proteína suína é um substituto em relação à carne bovina, que teve seu consumo reduzido por conta da elevação dos preços.

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O abate de suínos atingiu 676 mil cabeças entre abril e junho deste ano, em Mato Grosso do Sul.

O número representa um recorde na série histórica, iniciada em 1997, e aumento de 7,1% ante o 1º trimestre de 2022 e de 13,0% perante mesmo período do ano de 2021.

Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgados nesta terça-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O supervisor de indicadores pecuários do IBGE, Bernardo Viscardi, aponta que os preços influenciaram no consumo.

“A proteína suína é um substituto em relação à carne bovina, que teve seu consumo reduzido por conta da elevação dos preços, observada desde 2020″, disse.

Viscardi diz ainda que fatores externos ajudam a explicar o porquê de cerca de 81,3% da produção suína ficarem no mercado interno no período.

“Nos últimos anos, as exportações estavam em alta, principalmente para a China. Após o controle da peste suína africana e a reposição do rebanho chinês, as exportações sofreram considerável redução. Outros destinos aumentaram as importações, mas não conseguiram compensar o arrefecimento da demanda chinesa”, explicou.

Brasil

Em todo o Brasil, foram abatidas 14,07 milhões de cabeças de suínos no 2º trimestre de 2022, também recorde da série histórica.

O abate de suínos teve alta em 19 dos 25 estados participantes da pesquisa, em relação ao mesmo período do ano passado.

Entre os estados com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Santa Catarina (+270,04 mil cabeças), Paraná (+258,35 mil), Rio Grande do Sul (+108,05 mil), São Paulo (+103,45 mil), Mato Grosso do Sul (+78,29 mil), Minas Gerais (+75,68 mil) e Goiás (+43,49 mil).

A queda mais expressiva ocorreu em Mato Grosso (-40,26 mil).

Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 28,4% da participação nacional, seguido por Paraná (20,9%) e Rio Grande do Sul (17,1%).

Investimento

Cooperativa Aurora irá investir R$ 300 milhões para ampliar a indústria de suínos em Mato Grosso do Sul.

A ação é uma parceria o Estado e vai gerar cerca de 500 empregos diretos.

O processo de ampliação deverá começar no início de 2023 com previsão de finalização em 2024.

Segundo o presidente da Aurora, Neivor Canton, o abate de suínos deve passar de 3.200 por dia para 5.200.

“Estivemos em São Gabriel do Oeste e nos reunimos com o conselho de administração, trazendo os nossos colegas de conselho para conversar com nossa cooperativa filiada, a Cooasgo (Cooperativa Agropecuária de São Gabriel do Oeste), e iniciarmos junto com os produtores o encaminhamento de ampliação da planta industrial em São Gabriel do Oeste”, destacou Canton.

Logo, espera-se que com a ampliação no processamento da indústria seja garantida a abertura de vagas de trabalho na cidade.

“Vamos gerar mais de 500 novos empregos diretos. Nós vamos buscar essas pessoas em regiões próximas de São Gabriel. Toda economia do município será impactada. Faremos um investimento de R$ 300 milhões na planta”, reforçou.

“Estamos dialogando com o Governo do Estado, e assim como nas etapas anteriores nós tivemos apoio. Neste momento estamos buscando financiar o empreendimento, através de linhas de crédito ainda por serem definidas”, concluiu.

Segundo o secretário da Semagro, Jaime Verruck, desde o ano passado o Governo de Mato Grosso do Sul vem negociando a ampliação da Aurora com foco em desenvolver a indústria do Estado.

Um dos focos é a geração de empregos, o qual será facilitado através dos incentivos fiscais dados pelo Estado.

Além disso, busca-se ampliar a industrialização com agregação de valor e produção de proteínas.

“Estamos buscando a meta de nos tornarmos um Estado Multiproteína e com este empreendimento estamos avançando”, disse Verruck.

O secretário ainda destacou o nível de eficiência da suinocultura estadual.

“Temos uma suinocultura de elevado padrão em sanidade animal e sustentabilidade com produção de energia elétrica, uso de água e utilização dos resíduos para fertilização. Esta lógica é de uma economia circular positiva e consequentemente mais produtiva”, finalizou.

(Fonte: Portal do Ms. Foto: Reprodução)

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