O Ministério da Saúde anunciou nesta semana a ampliação da vacinação contra o papilomavirus humano quadrivalente (HPV4) para homens de até 45 anos com imunossupressão. A ampliação de faixa etária segue recomendações de sociedades científicas. Isso significa que, a partir de agora, homens de até 45 anos transplantados, pacientes oncológicos ou vivendo com HIV/Aids podem se vacinar. O esquema tradicional de três doses continuará sendo usado, independentemente da idade.
Os imunizantes estão disponíveis nas UBS’s (Unidades Básicas de Saúde) que seguem um calendário de rotina como medida preventiva. Agora, depois dessa orientação do Ministério da Saúde, passam a atender meninas de 9 a 14 anos; meninos de 11 a 14 anos; e homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.
Chefe do Núcleo de Imunização, Edvan Marcelo Marques explica que a ampliação da vacinação contra o HPV busca minimizar os riscos de doenças causadas em consequência da presença do vírus, principalmente entre as mulheres. “O HPV hoje é um dos vírus que mais contribui com o aumento de câncer na população, seja homem ou mulher, porém, o desenvolvimento da doença ocorre com maior frequência nas mulheres com o câncer uterino. No homem pode acontecer, mas a incidência é menor, só que vaciná-los ajuda a interromper esse ciclo”, explica.
De acordo com Edvan, existe uma rotina desse público fazer a solicitação da vacina através de um formulário específico, mas o levantamento desse novo público está sendo feito. “Existe o programa SAE/CTA que faz o atendimento desse público com os pacientes já cadastrados. Estamos fazendo o levantamento de quantos homens o município de Dourados tem até 45 anos, imunossuprimidos ou vivendo com HIV, para que eles possam receber essa vacinação nas unidades básicas de saúde”, afirma.
As Unidades Básicas de Saúde em Dourados atendem de segunda a sexta-feira. No período da manhã entre 7h e 11h e, à tarde, entre 13h e 17h.
Imunossuprimidos
O risco de desenvolvimento de cânceres associados ao HPV é cerca de quatro vezes maior entre pessoas vivendo com HIV/Aids e transplantados, do que na população sem a doença ou transplante.
A imunossupressão crônica é um dos principais fatores de risco para aquisição e persistência do HPV. É também importante fator de risco para a progressão de lesões pré-cancerosas e neoplasias, especialmente em pessoas vivendo com HIV/Aids, transplantados de células-tronco hematopoéticas e órgãos sólidos e indivíduos em tratamento para câncer (rádio e/ou quimioterapia).
A vacina HPV quadrivalente previne os cânceres relacionados aos HPV 16 e 18; cânceres de colo do útero, de vulva e vagina; o câncer peniano e cânceres de orofaringe e anal em homens e mulheres, além das verrugas genitais nos dois sexos relacionadas ao HPV 6 e 11.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)