A vacina contra a poliomielite vai mudar e a versão em gotas não deve mais ser aplicada nas campanhas nacionais. O Ministério da Saúde vai substituir gradualmente a Vacina Oral Poliomielite pela forma injetável do imunizante a partir de 2024. Essa alteração, porém, não significa o fim imediato do imunizante na versão popularmente conhecida como “gotinha” e sim um avanço tecnológico para maior eficácia do esquema vacinal que será feito após um período de transição.
O Zé Gotinha, símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil, vai continuar na missão de sensibilizar as crianças, os pais e responsáveis em todo Brasil, participando das ações de imunização e campanhas do Governo Federal.
Desde 1989 não há notificação de caso de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais contra a doença sofreram quedas sucessivas nos últimos anos. Em todo o Brasil, a cobertura ficou em 77,19% no ano passado, longe da meta de 95% para esta vacina. Por isso, a mobilização para retomar as altas coberturas vacinais do país, que já foi referência internacional, é fundamental.
Em Dourados, a vacina contra a poliomielite está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde, assim como outras que fazem parte do PNI (Plano Nacional de Imunizações).
Reforço aos 15 meses
A nova recomendação foi apresentada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, à Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em encontro para expor as ações do Ministério da Saúde pela retomada das altas coberturas vacinais, principalmente entre as crianças, e debater a importância da adesão dos profissionais de saúde e médicos ao Movimento Nacional pela Vacinação.
Segundo a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), a decisão foi tomada considerando novas tendências científicas para proteção contra a doença, indicando para que se adote exclusivamente a Vacina Inativada Poliomielite (injetável) no reforço aos 15 meses de idade, que atualmente é feito com a forma oral do imunizante. A forma injetável já é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.
Após um período de transição que começa no primeiro semestre de 2024, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da vacina, irão tomar apenas essa dose de reforço. Assim, o reforço que é aplicado atualmente aos 4 anos não será mais necessário, já que o esquema vacinal com quatro doses garantirá a proteção contra a pólio. A atualização considerou os critérios epidemiológicos, as evidências relacionadas à vacina e as recomendações internacionais sobre o tema.
Movimento Nacional pela Vacinação
Com a mensagem “Vacina é vida. Vacina é para todos”, a mobilização nacional lançada em fevereiro pelo Ministério da Saúde tem o objetivo de sensibilizar e engajar toda a sociedade para a retomada das altas coberturas vacinais no Brasil. A meta do Governo Federal é retomar a confiança da população nos imunizantes para que o país volte a ser referência internacional em vacinação, atingindo a meta de 90% de cobertura em todas as vacinas. Todas as doses previstas no Calendário Nacional de Vacinação, além do reforço bivalente contra a Covid-19 e a vacina contra Influenza estão disponíveis nas unidades de saúde em todo Brasil.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)