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Técnico de MS é reconhecido como referência nacional no desenvolvimento do paradesporto

O sul-mato-grossense de 31 anos Profissional de Educação Física, Rafael Alves da Silva Alencar recebeu o Prêmio Braskem

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Profissional de Educação Física, Rafael Alves da Silva Alencar foi um dos homenageados na 11ª edição do Prêmio Paralímpicos, em São Paulo (SP). Realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2011, a solenidade condecora atletas paralímpicos que se destacaram em competições nacionais e internacionais, além de técnicos inspiradores do paradesporto no país.

O sul-mato-grossense de 31 anos recebeu o Prêmio Braskem, como “personalidade que se destacou por comportamento exemplar e inspirador no Movimento Paralímpico, sendo referência em ações que motivaram a transformação positiva, dentro e fora das competições”.

Rafael Alencar é técnico de paratletismo e trabalha na formação esportiva de crianças e adolescentes em Dourados e região, atendendo principalmente comunidades indígenas. “Gratidão é a palavra que resume esse prêmio. É a prova de que meu trabalho feito em prol do esporte paralímpico é significativo”, destaca, complementando.

“É uma motivação a mais para continuar trabalhando com amor. Esporte paralímpico é isso, é amor ao próximo. Tenho a certeza que os atletas nos veem de uma forma diferente, como parte da família, e por isso temos que dar o nosso melhor sempre”, diz.

O professor de Educação Física integra o Programa MS Desporto Escolar (Prodesc), desenvolvido pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, via Fundação de Desporto e Lazer (Fundesporte) junto à Secretaria de Estado de Educação (SED). O programa oferece treinamento esportivo no contraturno das aulas da Rede Estadual de Ensino (REE).

Em Dourados, Rafael ensina crianças e adolescentes com deficiência visual, intelectual e física. Um dos participantes é David Morales, de 15 anos, que nasceu e vive na Aldeia Bororó. O jovem indígena conheceu o paratletismo em 2020, durante uma visita do técnico à comunidade em busca de novos integrantes para o treinamento.

“A maioria dos atletas não têm condições de comparecer aos treinamentos na cidade. Então, gente tem ido até as comunidades, levando os materiais de treinamento e adaptando o trabalho à realidade deles”, relata Rafael, que acompanha David duas vezes por semana, dependendo da rotina do jovem.

O atleta da classe T38 (para pessoas com paralisia cerebral) participou da primeira competição nacional em 2021, as Paralimpíadas Escolares, em São Paulo (SP), conquistando três medalhas de bronze, nos 75 e 250 metros livres, e no salto em distância.

“Para ele e sua família, tudo isso é uma novidade. Os pais ficaram muito felizes com a possibilidade de o filho competir no alto rendimento em outra cidade. Há pouco tempo, eles não imaginavam que isso era possível”, enfatiza o técnico, em entrevista ao Comitê Paralímpico.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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