Iniciada em 08 de agosto e prevista para finalizar na próxima sexta-feira (09), a campanha para aplicação do reforço da vacina contra a poliomielite atingiu somente 12,7% de todo o público esperado em Campo Grande. Além dela, acontece concomitantemente a campanha de atualização da caderneta vacinal, destinada para crianças e adolescentes de até 14 anos de idade.
Sem nenhuma sinalização oficial, até o momento, de prorrogação das campanhas, a baixa procura preocupa por representar a não adesão à vacinação, cenário este que cresce nos últimos anos. “Essas campanhas são justamente para tentar incentivar pais e responsáveis por essas crianças a vaciná-los, uma vez que essas doses podem proteger contra doenças graves e perigosas”, relembra o secretário municipal de saúde.
A campanha para aplicação do reforço da vacina contra poliomielite tem como preconização do Ministério da Saúde a cobertura de 95% das crianças entre 1 e 4 anos, que são mais de 57,4 mil pessoas, mesmo que elas já tenham recebido algum reforço anterior. A única exceção são àquelas que tomaram a dose há menos de 30 dias.
Esta medida foi adotada, mesmo com a extinção da doença em território nacional há cerca de 30 anos, porque o vírus ainda circula em alguns países, e pode ser reintroduzido no Brasil. “Da mesma forma que aconteceu com o sarampo, que também éramos considerados território livre do vírus, pode acontecer com a pólio”, reforça o secretário.
Há uma baixa adesão também na campanha multivacinação, que garante a atualização da caderneta da criança e adolescente. Até o momento, somente 12.773 pessoas foram vacinadas, o que corresponde a 24.309 doses aplicadas.
Essa baixa procura também é preocupante, uma vez que doenças gravíssimas, que podem provocar câncer ou levar ao óbito, podem ser evitadas através da vacinação. Tanto as doses da campanha contra a pólio quanto a de atualização da caderneta vacinal estão disponíveis nas 73 unidades de saúde da Capital.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)