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Ovo de Páscoa é meio de ressocialização a internas do semiaberto da capital

Todo o material utilizado durante as aulas foi disponibilizado pelo FAC.

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Oportunidade para a mudança de vida e de um futuro longe da criminalidade quando conseguirem a liberdade. Com este foco, reeducandas que cumprem pena em regime semiaberto na capital aprenderam a fabricar ovos de páscoa e bombons gourmet.

A capacitação foi oferecida a 20 custodiadas pelo Fundo de Apoio à Comunidade (FAC), visando à qualificação profissional para inclusão no mercado de trabalho e aumento da renda doméstica. “Um curso dinâmico, onde várias internas aprenderam não só a fazer, mas como apresentar e comercializar ovos de páscoa gourmet”, ressalta a diretora do Estabelecimento Penal Feminino de Regimes Semiaberto e Aberto de Campo Grande, Cleide Santos do Nascimento Freitas.

Mãe de seis filhos, a interna Raquel de Moraes de Pontes foi uma das capacitadas e vê no aprendizado um meio de reforçar o sustento da família. “E uma forma de garantir trabalho e renda extra, pois eles não ensinaram apenas o manuseio com o chocolate, nos ensinaram a dar preço ao nosso produto e como vender, e é um trabalho que podemos realizar na cozinha de nossa casa”, comenta.

Segundo a reeducanda, a meta é que o aprendizado vire um meio de ganho financeiro o mais rápido possível. “Já vou começar a fazer ovos para os meus filhos para testar e, se sair bem gostoso, vou iniciar a fabricação das trufas que também aprendemos no curso”, afirma, revelando que tem direito à visita ao lar aos domingos.

Para a chefe do Setor de Trabalho do EPFRSAAACG, Phâmella Rita Gimenez Santana Deniozevicz, que acompanhou a capacitação junto às internas, apostar na educação e na capacitação de pessoas em privação de liberdade é uma forma de contribuir significativamente para um mundo melhor, e o trabalho da polícia Penal é fundamental neste processo.

“A educação muda pessoas e pessoas mudam o mundo. Essa frase professor Paulo Freire também traduz a importância das ferramentas sociais na busca da ressocialização e, ações como essa, são uma oportunidade de resgate da cidadania, que somente é possível pelo nosso trabalho”, destaca a policial penal, reforçando que a equipe da unidade prisional está sempre em busca de proporcionar instrumentos de reinserção social às internas.

Todo o material utilizado durante as aulas foi disponibilizado pelo FAC. Cada participante recebeu um kit para sua primeira produção e comercialização. Ao final do curso foi fornecido certificado de participação.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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