Nesta sexta, o governo federal atribuiu o desabastecimento a diferentes fatores: ao lockdown na China e na Índia (adotado nos dois países para tentar conter a pandemia de coronavírus), à guerra na Ucrânia, ao aumento dos custos de produção e à escassez de matéria-prima.
Um dos produtos em falta é o contraste iodado, essencial para a realização de exames. Nos últimos dias, o ministério recomendou a “racionalização do uso” e o Governo de São Paulo encaminhou um ofício à pasta pedindo providências imediatas para a regularização do abastecimento.
O Ministério da Saúde afirmou nesta sexta que a previsão é de que os estoques do produto sejam regularizados em setembro e que o problema foi causado pelo lockdown na China, onde está o principal fabricante mundial.
O primeiro alerta sobre o desabastecimento de medicamentos foi feito por secretários estaduais e municipais de saúde em março, apontando para os baixos estoques de dipirona injetável e oxitocina. Desde então, a lista de produtos em falta vem aumentando –não só em farmácias, mas também em hospitais.
O ministério afirmou que tem se reunido com representantes da Anvisa e da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), e que elabora um relatório para enviar ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A pasta também quis reforçar que compra apenas parte dos medicamentos que são usados no SUS (Sistema Único de Saúde) –já que a responsabilidade é dividida com estados e municípios– e que não tem tido problemas com o estoque próprio.
(Fonte: Portal do Ms. Foto: Reprodução)