Saúde

Mesmo com reações segunda dose da AstraZeneca é fundamental

“Adoecer pela doença é muito maior do que por reação da vacina”, diz médica

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Febre, calafrios e dor no corpo e de cabeça foram alguns dos sintomas relatados. Mesmo com reações segunda dose da AstraZeneca é fundamental Médica explica que as reações ocasionadas pela vacina AstraZeneca já previstas na bula são respostas produzidas pelo organismo e que, portanto, são consideradas reações comuns.

Essas são reações adversas comuns que a vacina de Oxford/AstraZeneca PODE provocar e que, de acordo com a infectologista e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia Raquel Stucchi, talvez expliquem o fato de que muitas pessoas estejam resistentes a receber a segunda dose do imunizante.

“Uma insegurança relacionada às notícias de possíveis reações adversas. Os possíveis efeitos estão sendo muito noticiados, mas sem o destaque em alertar que essas reações são muito raras e que as chances de a gente adoecer pela doença é muito maior do que por reação da vacina”.
DEVO MESMO TOMAR A SEGUNDA DOSE?

De acordo com Raquel, o receio de reações adversas não deve impedir que as pessoas completem o ciclo de imunização, visto que apenas uma dose não garante proteção considerada segura.

“A proteção que a gente considera adequada é só depois de 15 dias da segunda dose. A primeira dose dá uma proteção boa, mas mesmo com a primeira dose e mesmo com a segunda, enquanto nós não tivermos de 75% a 80% da população vacinada no Brasil, devemos manter os cuidados como uso de máscara e distanciamento social”.

REAÇÕES COMUNS E MEDICAMENTOS

De acordo com Raquel, as reações ocasionadas pela vacina AstraZeneca já previstas na bula são respostas produzidas pelo organismo e que, portanto, são consideradas reações comuns. Os efeitos podem aparecer até dois dias após a aplicação da vacina.

Estudos clínicos de fase três do imunizante apontaram que mais de 60% dos voluntários relataram ter tido sensibilidade no local da injeção, 50% disseram ter sentido dor no local da injeção, dor de cabeça e fadiga, 40% tiveram dor no corpo e mal-estar, 30% relataram ter tido febre e calafrios, e 20% tiveram dor nas articulações e náusea.

Outro efeito colateral considerado raro – é o inchaço das glândulas na axila ou no pescoço, no mesmo lado do braço onde foi aplicada a vacina. Caso o vacinado manifeste o sintoma, é comum que ele dure cerca de 10 dias, mas, se persistir, a recomendação é procurar um médico.

“Os efeitos mais comuns são dor no local da aplicação, que pode ficar vermelho e quente também, e a conduta para isso é compressa fria, inclusive compressa com gelo várias vezes ao dia enquanto esses sintomas permanecerem. Outro efeito comum é febre, que pode ser maior que 38°, e pode aparecer de 6 a 8 horas depois da aplicação da vacina, com duração de 48 horas. Para a febre e dor no corpo, é recomendado o antitérmico”, explica a infectologista.

Para aliviar os sintomas, o vacinado também pode optar por dipirona e paracetamol. No entanto, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) alertou para os riscos do uso indiscriminado de paracetamol para os efeitos colaterais da vacina de Oxford.

Segundo a agência, o uso do medicamento deve ser feito com cautela, sempre observando a dose máxima diária e o intervalo entre as doses, conforme as recomendações contidas na bula, para cada faixa etária.

Já remédios como aspirina, diclofenaco ou ibuprofeno, que atuam como anti-inflamatórios, não são recomendados.

(Com assessoria. Fotos: Agência Brasil)

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