Capital. A medida já atinge populares e clientes que transitam pela região central da cidade, mesmo sem qualquer aumento significativo e oficial do número de infecções pelo vírus em 2024. Moradora de um condomínio no Monte Castelo, Leila Moreira, de 71 anos, disse que o uso da máscara já é obrigatório nas áreas compartilhadas do prédio em que vive.
“Para usar os elevadores tenho que utilizar a máscara. Estamos cheios de casos no prédio e a recomendação é utilizar a máscara nas áreas compartilhadas por todos, para prevenir mesmo”, disse.
Mãe e filha, Sebastiana Ramos, 58 anos, e Jéssica de Souza, 26 anos, nunca pararam de utilizar a máscara e disseram que já notaram o aumento do uso de máscaras em Campo Grande.
Nunca parei de usar, justamente por conta da covid-19. Utilizar a máscara é uma grande prevenção. Neste momento eu vejo que o número de pessoas com máscaras nas ruas aumentou um pouco, nada parecido com os anos anteriores, mas já cresceu”, disse Sebastiana Ramos.
Segundo a filha, que também manteve o uso da máscara mesmo após a pandemia, visto que para ela é uma forma dupla de proteção. “Permite que quem esteja com covid não transmita o vírus, assim como impede que as pessoas se previnam”, falou. Ela acredita que há subnotificação dos casos na Capital.
Perguntada sobre o panorama atual, ela disse que os dados divulgados pelos órgãos sanitários estão corretos e vê um aumento possível de casos positivos após o Carnaval. “Acho que naturalmente o número de casos irá subir em razão do Carnaval, justamente por conta do maior fluxo de pessoas na rua”, finalizou.
Monitoramento – Uma nova variante da covid-19 foi descoberta em Mato Grosso nos últimos dias. A SES-MT (Secretaria de Saúde de Mato Grosso) informou que a JN 2.5 é a primeira subvariante da Ômicron no Brasil.
A pesquisa foi feita entre os dias 16 e 18 de janeiro e diante do risco, Mato Grosso do Sul já monitora o surgimento da cepa no Estado. A reportagem questionou se o Estado tem algum caso da JN 2.5. Em resposta, a secretaria ressaltou que neste momento não há nenhum caso no sequenciamento.
Em Mato Grosso do Sul, 692.624 mil pessoas (52,6%), com 35 anos ou mais, não completaram o esquema vacinal, com duas doses e dois reforços. Já aqueles entre 12 a 34 anos, 542.326 mil (54,1%) se vacinaram e 215.431 estão em atraso, ou seja 21,5%.
Números – O último boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) nesta terça-feira (23) aponta 769 novos casos de covid-19 em Mato Grosso do Sul. Conforme a pasta, foram confirmados 1.740 casos somente neste ano, além de 11 mortes, 6 seis na última semana. De acordo com o levantamento, 423 dos 769 casos positivos (55%) foram em Naviraí, cidade a 365 km da Capital.
Na última semana, o município também liderou o número de casos novos, com 243 confirmações. Por lá, são 666 confirmações, município que registra 38% dos casos positivos de todo o Estado. Ou seja, de cada dez casos positivos, quase quatro são de lá.
De acordo com o boletim, as mortes foram de quatro mulheres e dois homens, e ocorreram em Campo Grande, Angélica, Coxim, Vicentina, Dois Irmãos de Buriti e Rio Verde de Mato Grosso, todos com comorbidades.
Os municípios que lideram as confirmações dos últimos dias foram: Campo Grande (+102), Antônio João (+18), Rio Verde de Mato Grosso (+17), Água Clara (+13) e Sidrolândia (+13).