Liderança indígena de Mato Grosso do Sul, o advogado Luiz Eloy fará parte do gabinete de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele e outros quatro líderes de comunidades indígenas somaram aos 10 integrantes que já faziam parte do grupo de trabalho escolhido para discutir políticas para os povos originários.
Após pressão da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), entidade da qual Eloy é consultor jurídico, a equipe foi ampliada. Além do advogado de origem Terena, Kleber Karipuna e Eunice Kerexu, também da Apib, serão nomeados, conforme nota emitia pela entidade. Yssô Truká e Weibe Tapeba, que fazem parte da Apoime (Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo), também serão acrescentados ao grupo de trabalho.
Nesta quarta-feira (16), o gabinete de transição havia anunciado 10 nomes, dos quais seis são indígenas. No Brasil, os quilombolas também são considerados povos originários.
Eloy Terena, como é conhecido, nasceu na Aldeia Ipegue, em Aquidauana (MS). Ele é doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional (UFRJ) e em Sociologia e Direito pela UFF (Universidade Federal Fluminense), além de possuir pós-doutorado em antropologia na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris.
O advogado está fora do Brasil. Depois de participar de conferência na ONU (Organização das Nações Unidas) em Genebra, na Suíça, e foi à França para evento na universidade onde estudou e agora, está em Amsterdam.
Luiz Eloy será o quarto nome de Mato Grosso do Sul na equipe de transição. A senadora Simone Tebet (MDB-MS), a ativista Aparecida Gonçalves e o ex-deputado federal, João Grandão (PT), também estão nmos grupos de trabalho.
(Fonte: CampoGrandeNews. Foto: Divulgação)