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Julho teve 79% a menos das chuvas esperadas para o mês, aponta meteorologista

Dos 37 milimetros esperados para o mês de Julho, choveu apenas 7 mm

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Julho registrou 79,7% a menos de chuvas esperadas para o mês todo, de acordo com o meteorologista Natálio Abrahão.

Dos 37,3 milímetros (mm) esperados para o período entre 1º à 31 de julho, choveu apenas 7,6mm.

Isto indica que a precipitação foi de apenas 20,3% em relação a expectativa para o mês todo.

Em média, Mato Grosso do Sul está sem chuvas há 51 dias. “A maior estiagem ocorrida em Mato Grosso do Sul foi de 98 dias em 1992. Este ano a situação é similar”, afirma Abrahão.

O clima seco, baixo índice pluviométrico, umidade relativa do ar baixa e estiagem são características provenientes da estação de inverno.

A umidade relativa do ar permanece em níveis críticos em Mato Grosso do Sul, com índices semelhantes ao clima desértico.

Campo Grande (14%), Água Clara (19%), Cassilândia (19%), Coxim (19%), Costa Rica (20%), Ribas do Rio Pardo (20%) e Corumbá (21%) são as cidades do Estado que apresentaram índices críticos de umidade relativa do ar neste domingo (1º). De acordo com Abrahão, a umidade relativa do ar permanecerá com valores abaixo dos 20% nas próximas semanas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade do ar indicada é de no mínimo 60%. A escassez de chuvas, associada ao tempo seco e grande amplitude térmica, contribui para o surgimento de doenças respiratórias. Mudanças repentinas no tempo favorecem o surgimento de doenças respiratórias como rinite, sinusite, gripe e inflamação na garganta, de acordo com o enfermeiro e doutor em Infectologia, Everton Lemos.

Os sintomas das doenças citadas são muito parecidos com os da Covid-19, portanto, a população deve ficar atenta. A melhor forma de distinguir doenças respiratórias do vírus da Covid-19 é fazendo a testagem.

Além disso, a secura presente no Estado intensifica a ocorrência de queimadas severas Abrahão diz que a combinação de solo seco, vegetação seca, falta de chuva e umidade relativa do ar baixa são ideais para ocorrência de queimadas.

Efetivo do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) atuaram na região da Nhecolândia e do Paraguai-Mirin realizando ações de combate aos focos de calor. De acordo dados do Centro de Proteção Ambiental do CBMMS, 3.862 hectares entre os municípios de Bonito e Jardim foram destruídos pelas chamas do fogo.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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