Economia

Inflação dos últimos 12 meses é de 11,26% em Campo Grande

Brasil registrou maior índice desde o início do milênio

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto em Campo Grande, a tão temida inflação, foi de 0,89%, 0,10 ponto percentual acima da taxa de julho (0,79%). No ano, o índice acumula alta de 6,34% e, em 12 meses, de 11,26%. No Brasil, o IPCA foi de 0,87% em agosto. Essa é a maior variação para um mês de agosto para o Brasil desde 2000.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, oito tiveram alta de preços em agosto. O maior impacto (0,29 p.p.) veio dos Transportes (1,31%). A segunda maior contribuição (0,19 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (0,90%), que desacelerou em relação ao mês anterior (1,32%). Na sequência, veio Saúde e cuidados pessoais (0,97% e 0,12 p.p.), após a queda registrada em julho (-0,64%). A maior variação em percentual veio do grupo Vestuário (2,30%). A contribuição negativa veio de Habitação (-0,20 e -0,03 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o 0,16% de Comunicação e o 2,29% de Artigos de residência.

Entre aumentos da gasolina e diesel, somadas à queda do etanol, combustíveis aumentam 1,08%. O grupo Transportes teve aumento de 1,31% (impacto de 0,29 p.p.), 15º aumento seguido depois da queda de maio de 2020. No mês de julho o aumento registrado foi de 1,17%. A maior alta dentre os subitens se deu no óleo diesel (2,7%). No entanto, a maior influência para cima foi feita pelo subitem gasolina, que impactou o índice em 0,095p.p., tendo subido 1,11% no mês. Os combustíveis registraram aumento de 1,08%. O valor só não foi maior porque o etanol teve queda (-1,08%). OS combustíveis acumulam aumento de 27,3% no ano e 37,53% em 12 meses.

A gasolina acumula 26,98% e 37,58% nos mesmos períodos. Já o diesel registra 27,6% e 31,92% para os mesmos recortes. A maior queda do grupo vem do subitem passagens aéreas (-4,65%), com impacto de -0,007p.p. O subitem, aliás, é o que apresenta a maior queda dentro do grupo para o ano de 2021 (-34,75%), porém, acumula alta de 31,29% nos últimos doze meses.

Alimentação e bebidas aumentou 0,90% em agosto

No grupo Alimentação e bebidas a alta de 0,90% em agosto ficou abaixo da registrada no mês anterior (1,32%). A alimentação no domicílio passou de 1,39% em julho para 1,33% em agosto, principalmente por conta das altas da batata-inglesa (25,63%), do tomate (5,68%), do pão francês (5,09%), das frutas (4,85%), do frango inteiro (4,02%) e do óleo de soja (2,77%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-16,65%) e o arroz (-2,54%).

A alimentação fora do domicílio (-0,46%) desacelerou em relação a julho (1,09%), principalmente por conta da refeição (-0,73%), cujo preço havia subido 0,21% no mês anterior.

Energia elétrica residencial e combustíveis domésticos exerceram a maior influência no grupo habitação O resultado do grupo Habitação (1,87%) foi influenciado pela queda da energia elétrica (-2,19%), que havia acelerado no mês anterior (3,85%). Destaca-se também a variação da taxa de água e esgoto (1,04%), pois houve reajuste tarifário de (1,32%) em 24 de julho. Os subitens amaciante e alvejante (3,06%) e sabão em pó (2,76%) aceleraram em relação ao mês anterior. As maiores baixas vieram dos subitens mudança, com 3,22%, e sabão em barra, com -2,39%.

Os grupos Artigos de residência e Vestuário apresentaram altas de 2,3% em agosto. O grupo dos Artigos de residência apresentou, para agosto, alta de 2,29% na capital sul-mato-grossense, influenciando o índice em 0,1p.p. para cima. Com comportamentos bem diferentes dos registrados em julho, os maiores aumentos foram registrados no item eletrodomésticos e equipamentos, que subiu 5,38%, tendo sido influenciado pelos itens ventilador (5,80%) e refrigerador (5,76%). Este último tem aumento acumulado de 16,51% no ano e 20,13% em 12 meses. Não houve quedas no grupo.

O grupo de vestuário teve aumento de 2,3%, gerando impacto de 0,10p.p. no índice. O subitem calça comprida feminina apresentou maior aumento do grupo (3,9%), seguido de bermuda/short masculino (3,86%) e sapato masculino (3,74%). No lado das quedas, apenas o sapato feminino (-2,93%).

Produtos farmacêuticos influenciaram na leve alta do grupo saúde e cuidados pessoais

O grupo saúde e cuidados pessoais (0,97%) teve leve aumento no período, influenciados pela alta no item produtos farmacêuticos (4,35%). Alta, também, nos itens serviços médicos e dentários (1,22%) e nos serviços laboratoriais e hospitalares (0,31%), e os únicos itens onde houve queda foram produtos óticos (-1,20%) e higiene pessoal (-0,69%).

Após retomada em julho (0,17%), o grupo Despesas Pessoais continuou em alta no mês de agosto (0,48%), em Campo Grande. A variação mensal foi influenciada pelo aumento nos preços dos subitens: alimento para animais (2,98%), serviço de higiene para animais (2,74%) e hospedagem (2,34%). No lado das quedas, os destaques foram pacote turístico (-2,61%) e bicicleta (-1,59%). No país, a variação mensal do grupo ficou em 0,64%.

A recuperação em agosto no grupo Educação (1,19%) foi observada após desaceleração em julho (-0,09%). Esse resultado é fruto direto dos subitens: ensino superior (3,493%), caderno (2,19%) e artigos de papelaria (2,11%). No lado das quedas, o subitem autoescola (-0,48%) apresentou maior variação negativa para o grupo em agosto.

O grupo Comunicação apresentou variação mensal de 0,23%, a nível Brasil, e de 0,16% em Campo Grande. Na capital, observa-se uma estabilidade em relação ao mês anterior (0,19%). O maior impacto para esse grupo é resultante do aumento do subitem serviços de streaming, que apresentou variação de (6,39%) em agosto. (Com assessoria. Foto: EBC)

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