Cotidiano

Igreja da Tia Eva e Castelinho “entram” no pacote de reformas do governo estadual

São R$ 78 mi em investimentos para os patrimônios culturais

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O programa “Retomada MS” do governo do estado vai reformar a Igreja São Benedito, que fica na Comunidade da Tia Eva, em Campo Grande, e o famoso “Castelinho” em Ponta Porã. O objetivo é restaurar estes locais para valorizar o patrimônio cultural do Estado. Além das obras, haverá o auxílio aos artistas e ainda vamos retomar os nossos festivais. São R$ 78 milhões de investimento no setor”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.

A igreja São Benedito, que fica na Comunidade da Tia Eva, vai receber investimento de R$ 450 mil para reforma. “Será uma restauração completa, já que o local não está em boas condições de conservação. Não poderíamos mexer na estrutura por ser um patrimônio tombado pela prefeitura e governo”, explicou o presidente da Associação dos Descendentes da Tia Eva, Ronaldo Jeferson da Silva.

O projeto está sendo discutido com a comunidade há um ano, com pesquisas e reuniões com os moradores, para que fosse uma ação coletiva. “Agora com o lançamento (obra) é só esperar o início do processo e depois o começo das obras”, ponderou.

A vice-presidente da Associação, Lúcia da Silva Araújo, ressaltou que o local não está sendo usado para as celebrações em função da pandemia. “Preferimos levar para o Centro Comunitário porque o espaço é pequeno e poderia aglomerar. A igreja precisava desta reforma e será um grande sonho que vai se realizar”.

A igreja de São Benedito faz parte da história de Campo Grande e Mato Grosso do Sul. Ela foi construída em 1919, em função da promessa que Eva Maria de Jesus havia feito durante sua viagem ao Estado. A capela foi colocada de pé em 1912 e sete anos depois construída a igreja, que mantem as características até hoje. Segundo a tradição, toda a obra foi feita pela comunidade.

Para garantir a preservação do edifício, a Prefeitura de Campo Grande fez o tombamento da Igreja em 1996 e o Estado realizou o mesmo procedimento dois anos depois (1998). O local foi construído com alvenaria de tijolos maciços, revestidos com argamassa e coberta em trama de madeira, com telha de barro.

Outra obra prevista é a reforma do Castelinho, que fica em Ponta Porã. O investimento previsto é de R$ 4 milhões. Construído na década de 20, o prédio já foi a sede do governo na fronteira e a expectativa é que seja transformado em um museu para contar a história da cidade e do Estado.

Sua construção ocorreu de 1926 até 1930, próximo a antiga estação Noroeste do Brasil, em Ponta Porã. De 1943 a 1946 foi sede do governo do Território de Ponta Porã, e depois abrigou a cadeia pública e o quartel da Polícia Militar.

Esta restauração proposta pelo Governo do Estado visa justamente dar um “novo caminho” para este local que faz parte da história.

“O Castelinho é um símbolo da nossa identidade cultural, um resgate da memória e história da cidade e do Estado. A obra será muito importante porque o local está sem função desde a década de 90 e precisa ser restaurado”, explicou Eder Rubens da Silva, diretor de cultura da Funcespp (Fundação de Cultura e Esportes de Ponta Porã).

O diretor contou que a prefeitura e a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) cercaram o entorno do prédio, que está escorado, e o local está recebendo manutenção de limpeza. “Estamos felizes e esperançosos que esta obra vai resgatar o Castelinho. A população também está ansiosa”, descreveu.

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