Mais de duas toneladas de produtos de origem animal foram descartadas, nesta quarta-feira (15), após fiscalização de mercado no Jardim Itamaracá, em Campo Grande. O açougue do local, que armazenava até vacinas veterinárias vencidas, teve sua atividade suspensa. Comerciante de 51 anos foi preso.
Fiscais do Procon Mato Grosso do Sul, instituição vinculada à Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), e policiais civis da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) atenderam uma denúncia sobre irregularidades no mercado.
Durante a fiscalização se constatou a existência de carnes impróprias para o consumo armazenadas junto com itens vendidos no açougue do mercado aos consumidores da região. A licença sanitária do local estava vencida desde agosto de 2024 e não havia autorização para a fabricação própria de linguiças, charque e banha de porco.
Peixes não tinham indicativo de procedência e produtos veterinários, como vacinas contra a brucelose, aftosa e rinopneumonite equina – doença altamente contagiosa que afeta o sistema respiratório dos cavalos – eram armazenados na mesma câmara fria das carnes comercializadas. A maior parte dos imunizantes estava vencida.
Entre os itens impróprios para consumo foram listados 1,081 kg de carne bovina, 538 kg de peixe eviscerado congelado, 272,35 kg de carne suína, 235 kg de salsicha e 212,85 quilos de linguiça de fabricação própria. No total foram descartados 2.533,25 kg de produtos de origem animal e as vacinas entregues à Vigilância Sanitária.
O mercado tem prazo de 20 dias para apresentar sua defesa junto ao Procon Mato Grosso do Sul.
Por sua vez, os consumidores podem tirar dúvidas e registrar denúncias pelo site www.procon.ms.gov.br, aplicativo MS Digital ou pelo telefone 151.