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Estrada Viva salva animais silvestres de atropelamentos em Mato Grosso do Sul

UEMS auxiliará na elaboração de um manual com orientações para aumentar a proteção dos usuários nas estrada

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Executado pelo Governo do Estado em parceria com a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), o programa Estrada Viva trabalha na redução das mortes de animais por atropelamento nas rodovias de Mato Grosso do Sul.

Técnicos do programa monitoram as rodovias MS-040, MS-178, MS-382 e BR-359, catalogando espécies atropeladas e identificando os principais pontos de passagem dos animais para propor medidas preventivas e de mitigação dos incidentes.

A intenção do Governo do Estado é ampliar o projeto para novas rodovias. Por isso, um manual com orientações técnicas para proteger animais silvestres de atropelamentos foi elaborado em parceria com com Organizações Não-Governamentais (ONGs) ambientais para que novas obras viárias no Estado tenham dispositivos de segurança para os bichos.

Ou seja, estradas e rodovias a serem pavimentadas no Estado terão que ter em seus projetos executivos ferramentas que permitam a redução de atropelamentos de animais.

Além de valer para novos projetos viários, as orientações do manual poderão ser colocadas em prática em estradas estaduais já pavimentadas que possuem problemas com atropelamentos de animais de espécies ameaçadas de extinção.

Segundo a bióloga e especialista de ecologia em estradas e rodovias no Icas (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), Érica Naomi Saito, o Estrada Viva pode salvar milhares de vidas em Mato Grosso do Sul, tanto de pessoas quanto dos animais silvestres.

“Em relação ao Estado, o Icas fez pesquisa durante três anos em quatro rodovias asfaltadas. Nesse período, mais de 12 mil animais foram mortos. Cerca de 40% deles são animais de médio e grande porte, como capivaras, antas e tamanduás, que podem causar acidentes graves”, explicou ela.

Histórico do Projeto Estrada Viva

As rodovias de Mato Grosso do Sul, em geral, perpassam por grandes áreas remanescentes de vegetação do cerrado e pantanal, plantações, pastos e áreas alagadas com grande potencial de presença de fauna. Essa condição, aliada quase sempre a imprudência de motoristas que não respeitam os limites de velocidade, tem ocasionado inúmeras colisões com animais silvestres, geralmente fatais para os animais e com prejuízos materiais as pessoas, incluindo perdas humanas.

O prof. Dr. Afrânio Soares da UEMS/Aquidauana coordena um estudo desde 2016, quando foi firmado junto com a Agência Estadual de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) um convênio de colaboração mútua para realizar pesquisas e monitoramento de fauna atropelada, visando conceber ações de prevenção e mitigação de colisões com animais silvestres nas rodovias estaduais do Estado e com isso estabelecer e implantar uma politica publica efetiva.

Deste modo esta sendo desenvolvido um Programa “piloto” de Prevenção, Mitigação e Monitoramento de atropelamento de Animais Silvestres, intitulado de “Estrada Viva: a fauna pede passagem nas rodovias do MS” junto as rodovias MS-040, 382, 345, 339, 450 e 178 com uma série de ações de estruturação física, de logística e de governança no âmbito da Agesul.

A UEMS ainda auxiliará na elaboração de um manual com orientações para aumentar a proteção dos usuários nas estradas, dimuindo incidentes com aniamis silvestres. Esse documento  de orientação será repassado a empresas contratadas no âmbito do Governo Estadual.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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