Autoridades estaduais estiveram no cinema da antiga rodoviária de campo Grande para verificar a possibilidade de reforma e revitalização do espaço. Segundo Heloisa Cury, proprietária do local, muitos empresários querem investir, porém, 9% do prédio é público. “O prefeito prometeu a revitalização para julho, então precisamos de um âncora para levar à frente esta revitalização. No cinema são 550 poltronas, palco, tela, e a cidade é tão carente de palco. Nós temos interesse em colocar o espaço para a utilização do público.
Ainda segundo Heloísa, com a reforma do cinema, os empresários vão voltar a investir no espaço. “Imagine isso aqui tudo revitalizado! Estou há 44 anos aqui, a nossa esperança é essa”, explicou durante a conversa na ultima sexta-feira (25). Estiveram na ocasião, a Fundação de Cultura do Estado (FCMS) e a Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura de Mato Grosso do Sul (SECIC) para alinhar com as possíveis ideias e propostas de utilização do cinema.
Segundo João César Mattogrosso, secretário da SECIC, estabelecer uma estratégia para otimizar o espaço será importante para capital como um todo. “Já estive na antiga rodoviária em outras oportunidades para avaliar projetos, mas hoje, enquanto Secretaria de Cultura, entendo que é importante trabalharmos para fortalecer essa discussão e otimizar esse espaço emblemático, que tem uma localização estratégica e muitas possibilidades”, declarou.
O diretor-presidente da FCMC, Gustavo Cegonha, afirmou que a ideia é estabelecer uma parceria para a restauração do cinema e que possa ser reutilizado para shows, exibição de filmes e realização de cursos, entre outros eventos. “Viemos aqui hoje para começar a entender a proposta de realizar um espaço para eventos aqui no antigo cinema, para realizarmos uma parceria para reforma e posterior utilização do espaço para eventos. Foi uma primeira conversa para entendermos a intenção da responsável pelo espaço”.
Gustavo Cegonha vê como positiva a possibilidade de reforma do cinema. “Precisamos construir um diálogo com a Prefeitura para a parceria. Vejo como positiva esta possibilidade porque se trata de um prédio histórico no Centro da cidade que deve passar por parceria público-privada para revitalização. É um lugar bem localizado, tem muitas vagas de estacionamento e pode servir para prestar vários serviços para a comunidade”.
A arquiteta da Gerência de Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação de Cultura, Cláudia La Piccirelli, salientou que esta foi uma primeira provocação para ouvir propostas sobre a viabilidade de reforma. “O espaço é maravilhoso, mas seria necessário ter outras ocupações na área para mudar o estigma da região. Tem que mudar a ‘cara’ do local, dar mais segurança para os frequentadores e mais qualidade nos serviços”, pontuou.