A Operação Pantanal 2024 segue com equipes do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) para controlar e extinguir incêndios nas regiões do Paraguai Mirim, Forte Coimbra e também próximo à cidade de Corumbá. Mais de 80 bombeiros militares estão envolvidos em operações de combate aos incêndios.
Na região do Forte Coimbra, estão desdobradas duas guarnições que realizam vistorias nos aceiros criados na terça-feira (11) e onde foram extintos focos de incêncio. Próximo ao Forte, outro foco foi identificado e uma equipe se deslocou para o combate e extinção do fogo.
Até o momento, as guarnições permanecem monitorando, orientando e auxiliando na confecção de aceiros com maquinário dos moradores da região. A área queimada é de 4.475 hectares. No Paraguai Mirim, a guarnição segue monitorando e atuando no rescaldo na propriedade Porto Laranjeira. A área queimada já atingiu 18.423 hectares.
Na região do Caimasul, um novo foco de incêndio surgiu ao sul do foco anterior, que já estava controlado. Duas guarnições foram deslocadas para reconhecimento e combate naquela região. As demais bases estão dedicadas ao monitoramento, prevenção e orientação junto à comunidade, além de testes operacionais e manutenção de equipamentos.
Desde o dia 2 de abril, o CBMMS prepara as ações da temporada de incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, que este ano tem previsão de ocorrer de forma intensa – especialmente no Pantanal – por conta da estiagem e chuvas abaixo da média.
Em maio, foram instaladas bases avançadas do CBMMS em 13 diferentes regiões do bioma, para uma atuação mais eficiente e resposta rápida em caso de incêndios florestais.
De acordo a meteorologista e coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), Valesca Fernandes, os dados do boletim de incêndios florestais mostram que de 1º janeiro a 4 de junho de 2024 foram identificados 521 focos de calor.
Também foi constado no bioma Cerrado um registro de chuvas abaixo da média histórica para o período de 1º de janeiro a 31 de maio de 2024, com uma piora dos indicadores de seca e alertas na previsão de probabilidade de fogo em Mato Grosso do Sul.
“Toda esta situação deixa o Estado numa situação de alerta em relação as condições de clima. Outro ponto de destaque é que essas condições de seca foram estabelecidas em pleno período chuvoso. Quando se compara o período de junho, julho, agosto de 2023 com o mesmo período de 2024 para previsão de probabilidade do fogo, observamos uma intensificação nesses níveis de alerta”, diz a meteorologista.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)