Saúde

Enfermeira de MS recebe prêmio nacional pelo trabalho na área de transplante de órgãos

 Foppa fez a diferença quanto ao número de captação de doações de órgãos

Publicado

on

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, indicou a enfermeira Jaqueline Foppa, de 31 anos, que atua no CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante), do Hospital da Vida de Dourados, para o prêmio “Destaque no Processo de Doação e Transplantes de Órgãos 2021”. Foppa fez a diferença quanto ao número de captação de doações de órgãos no seu município. Após a indicação, o Sistema Nacional de Transplante analisou e concedeu o prêmio de ‘Destaque de Pessoa Física’. O prêmio será entregue nesta segunda-feira (27).

Para o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, a premiação concedida à profissional é motivo de felicidade e orgulho para o Estado. “Este prêmio representa o resultado de um trabalho realizado em equipe, principalmente, pela Central Estadual de Transplantes, este título representa o estímulo dos profissionais de saúde e aos constantes processos de conscientização da população. À enfermeira Jaqueline Foppa, meus sinceros agradecimentos pela dedicação e empenho”.

A coordenadora da Central Estadual de Transplantes da SES, Claire Miozzo, destaca que a realização anual desta campanha representa um ponto fundamental para esclarecimentos sobre a doação de órgãos e tecidos no país. “A campanha é uma oportunidade de sensibilizar mais pessoas para a causa tanto da população quanto dos profissionais em saúde. A Jaqueline realiza um trabalho formidável no Hospital da Vida e a sua dedicação e sensibilidade fizeram que o município captasse mais órgãos, graças ao trabalho realizado por ela”.

Jaqueline Foppa trabalha há quatro anos no CIHDOTT, do Hospital da Vida, se destaca no serviço de acolhimento e fala sobre a importância do engajamento de mais profissionais da saúde nesta corrente do bem. “A doação de órgãos é um gesto nobre que pode salvar vidas. Receber este prêmio é resultado de muito trabalho realizado e estímulo dos profissionais que comigo trabalham. Estendo essa premiação aos demais integrantes da CIHDOTT, do Hospital da Vida de Dourados, à Central Estadual de Transplante, que nunca mediram esforços para fazer parte deste trabalho e aos familiares das vítimas que permitiram que as doações acontecessem. Meu sentimento é de gratidão e alegria”.

O serviço de acolhimento é feito por pessoas treinadas, que passam por capacitações da Central Estadual de Transplantes, a fim da família entender todo o processo de morte encefálica e o direito de autorizar ou não a doação órgãos e tecidos. Assim, uma vez, confirmada a morte do doador, inicia-se uma corrida contra o tempo que envolve dois clínicos diferentes para confirmar o óbito, constatações de compatibilidade e contato com a família para oferecer o direito à doação. A partir daí acontece a sorologia, retirada e implante.

Setembro Verde

No mês de conscientização sobre a doações de órgãos e tecidos, o ‘Setembro Verde’ surge em alusão ao Dia Nacional do Doador de Órgãos, comemorado no dia 27 de setembro. Em Mato Grosso do Sul, 428 pessoas estão na fila de espera aguardando por um transplante de órgãos, sendo 277 pacientes à espera por uma córnea,147 por um rim e quatro por um transplante de coração.

Segundo levantamento realizado de janeiro a agosto de 2020 e 2021, pela Secretaria de Estado de Saúde, houve redução nos transplantes de coração e de rim no Estado. Em 2020, foram realizados três procedimentos e, neste ano, apenas um. Quanto aos transplantes de rim, no ano passado foram realizados 17 procedimentos e neste ano chegaram a sete. O transplante de córnea foi maior realizado neste ano em relação a 2020, foram 91 procedimentos contra 80 do ano passado.

Dourados deverá ter uma Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO) graças a parceria entre o Município, Governo do Estado e Governo Federal. Portaria publicada pelo Ministério da Saúde em agosto, estabelece um incentivo financeiro para a implantação da estrutura, que poderá ser instalada junto a uma unidade hospitalar a ser definida, podendo ser o Hospital da Vida, Hospital Evangélico ou outra. A decisão do Ministério da Saúde atende a uma solicitação da Secretaria Estadual de Saúde (SES), encaminhada pelo secretário Geraldo Resende, com base em proposta apresentada e pactuada em março do ano passado por meio da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).

Além desta iniciativa, a Secretaria de Estado de Saúde, junto com o Hospital Adventista do Pênfigo de Campo Grande, realiza tratativas para a viabilidade de implantação do serviço de transplante renal e hepático em Mato Grosso do Sul. Objetivo é tornar o Estado referência em transplante de fígado e no tratamento a pacientes com doenças hepáticas.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Lidas

Sair da versão mobile