Perguntado se o fim das entrevistas de 2022 ficará para depois de outubro, o IBGE afirmou à reportagem que questões como essa serão respondidas em uma entrevista coletiva. O órgão não deu detalhes sobre o assunto.
O instituto é alvo de queixas de recenseadores desde o início deste Censo. A categoria, contratada de maneira temporária, reclama da demora na liberação de pagamentos e de valores abaixo dos esperados. Diante desse quadro, houve ameaças de greve, além de desistências de profissionais.
Em balanço divulgado no final de agosto, o IBGE reconheceu a dificuldade para preencher parte das vagas de trabalho em regiões com menor desemprego. Na mesma ocasião, o órgão informou que contava com 144,6 mil recenseadores em campo.
Para preencher postos de trabalho que estavam vazios, o instituto apostou em processos seletivos complementares, procedimentos previstos em pesquisas como o Censo. O IBGE não informou o número atual de recenseadores que estão em campo.
De acordo com os dados atualizados nesta terça, Mato Grosso é o estado com menor percentual de setores censitários concluídos: 13,4%.
Em São Paulo, dono da maior população do país, a proporção estava em 22,2%. Sergipe tem o patamar mais elevado de setores concluídos: 39,5%.
O Censo costuma ser realizado de dez em dez anos. As informações apuradas pelo IBGE servem como base para políticas públicas e podem influenciar até decisões de investimento de empresas.
A nova edição da pesquisa, inicialmente prevista para 2020, foi adiada por dois anos consecutivos. Os atrasos ocorreram em razão das restrições da pandemia, em 2020, e do corte de verba, em 2021, pelo governo federal.
Para a produção do Censo em 2022, o IBGE contou com um orçamento de cerca de R$ 2,3 bilhões. Inicialmente, as operações da nova edição haviam sido estimadas em mais de R$ 3 bilhões.
O valor diminuiu após revisões. Até agora, o instituto não manifestou necessidade de recomposição na verba.
(Fonte: Portal do Ms. Foto: Reprodução)