Contemplada pelo pacote do Governo do Estado “Retomada MS”, a Casa do Artesão de Campo Grande, unidade da Fundação de Cultura do MS, terá recursos no valor de R$ 2,2milhões, para serem utilizados na reforma completa do prédio.
Para não perder este importante ponto de venda do artesanato de sul-mato-grossense, a Casa do Artesão de Campo Grande vai funcionar na Morada dos Baís no período da restauração, previsto para 12 meses. A iniciativa tem a parceria da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campo Grande (SECTUR). O funcionamento da Casa do Artesão na sede provisória inicia no dia 28 de outubro. A Morada dos Baís fica na Av. Noroeste, 5140 – Centro.
Restauração
O projeto de restauração da Casa do Artesão de Campo Grande foi licitado e a vencedora e responsável pelo projeto é a Restaura Arquitetura. A tradicional sede, principal centro de comercialização do artesanato produzido no Estado, construída entre 1918 e 1923, recebeu sua última revitalização e restauro em fevereiro de 2002.
A principal ambição dos arquitetos é resgatar a memória das edificações do apogeu da expansão da cidade – tendo em vista a importância deste período para a história regional e a consequente formação do consciente coletivo. Dessa forma, com o resgate do edifício, procura-se trazer em mente a memória que este edifício mantém entre suas paredes.
Espaço ganhará atrações extras como jardim e café
Para o prédio anexo, foi proposto um pequeno café na área anexa externa do pavimento térreo; o espaço externo também contemplará um pequeno jardim contemplativo, com uma parede de jardim vertical e um pergolado para proteger de intempéries, espaço para café e estoque.
A reforma vai incluir também a readequação dos espaços para melhor fruição e uso, com copa para funcionários, estoque, almoxarifado e lavanderia separados. A cobertura do anexo deverá ter todas as telhas francesas removidas para reuso no telhado principal, a estrutura de madeira do telhado deve permanecer para receber novas telhas com baixa condutividade térmica. Além disto, o prédio terá laje para abrigar as máquinas de ar condicionado que não podem estar aparentes em decorrência da poluição visual no patrimônio histórico.
A área administrativa, para gestão, atendimento aos artesãos e reuniões, foi relocado para o mezanino do salão 2, que passará por adequação de acessibilidade e inclusão de paredes para dividir os ambientes entre administração, coordenação e reuniões, recepção e arquivo morto. As novas intervenções serão em materiais novos, claramente diferentes dos da edificação principal. O mezanino do salão 1 será completamente removido com a intenção de valorizar a arquitetura interna e melhorar as condições de iluminação.
A escada existente passará por reforma e readequação para atendimento às normas de segurança e acessibilidade e receberá novo guarda corpo em aço cortén para valorizar a arquitetura do interior. Será feito desde a requalificação das calçadas, acessibilidade, todas as esquadrias vão ser restauradas. Também está previsto a instalação de um elevador de acessibilidade com conexão para a parte de cima, onde fica o administrativo.
Os espaços expositivos internos recebem um novo layout setorial e organizacional através de mobiliário projetado para atender as necessidades. As janelas das fachadas passam a abrigar móveis que as transformam em vitrine com a intenção de trazer o olhar do público que passa pela calçada para exposição dos objetos e para o interior do prédio.
Reforma da Casa do Artesão vai respeitar projeto original do prédio
Ainda com intenção de proporcionar à edificação o valor ao qual carece como importância de Patrimônio Histórico e Cultural, foi executado um projeto luminotécnico interno direcionado ao novo layout expográfico e externo para enaltecer as formas e detalhes estético-arquitetônicos da edificação.
Com isso pretende-se não apenas reestabelecer a integridade do bem arquitetônico, mas resgatar o interesse da população através do despertar da comunidade para a importância dele enquanto bem cultural.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)