O Banco do Brasil (BB) vai financiar os agricultores afetados pelas fortes geadas ocorridas no mês de julho em regiões produtoras de café e cana-de-açúcar. Ao todo, pouco mais de R$ 2 bilhões foram reservados para essa ação. O anúncio foi feito durante cerimônia no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Jair Bolsonaro, ministros e autoridades.
“A gente ainda tem uma estimativa de 18% a 20% de perdas, mas que ainda leva um tempo para verificar o tamanho real das perdas que ocorreram com as geadas”, afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante o evento. Levantamento preliminar do governo federal indica que mais de 200 mil hectares de cafezais foram atingidos em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, na pior geada em 19 anos.
Palavras da Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. Foto: Alan Santos/PR – Alan Santos/PR
Parte do recurso para a recuperação dessas lavouras, cerca de R$1,3 bilhão, foi remanejado pelo do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), em decisão tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana passada. A outra parte de R$ 1 bilhão será um aporte da carteira de crédito rural do próprio BB, e também será viabilizada para a recuperação de lavouras de cana-de-açúcar, que também tiveram áreas atingidas pela geada em São Paulo e no Mato Grosso do Sul.
Outros investimentos
Palavras do Presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro. Foto: Alan Santos/PR – Alan Santos/PR
Durante a solenidade, o presidente do BB Fausto Ribeiro também anunciou o programa BB Investimento Agro para viabilizar créditos de R$ 8,5 bilhões em diferentes ações voltadas para o setor. A maior parte desses recursos, cerca de R$ 5,5 bilhões, serão destinados para o financiamento de recuperação de pastagens, projetos de energia renovável, irrigação, produção integrada na avicultura e suinocultura, além da aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas. Outros R$ 2 bilhões irão para projetos de armazenagem e mais R$ 1 bilhão será aplicado em um consórcio para apoiar pequenos e médios produtores na aquisição de silos, com prazo de até 240 meses.