Política

Barbosinha não deve mais disputar à prefeitura de Dourados nesta eleição

A direção do PSD cita como certas apenas as pré-candidaturas às prefeituras de nove cidades e não inclui Dourados

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A provável pré-candidatura do vice-governador José Carlos Barbosa (PSD), o “Barbosinha”, à prefeitura de Dourados nas eleições municipais do próximo dia 6 de outubro não deve mais se tornar uma realidade.

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, a direção estadual do PSD deixou a critério do vice-governador o lançamento ou não da pré-candidatura a prefeito do segundo maior município de Mato Grosso do Sul.

Tanto que, até o momento, o partido está trabalhando com apenas nove pré-candidaturas a prefeito no Estado, nos municípios de Bandeirantes, Camapuã, Douradina, Figueirão, Glória de Dourados, Inocência, Japorã, Laguna Carapã e Selvíria, deixando de fora do planejamento Dourados.

A reportagem apurou ainda que, para sair pré-candidato a prefeito de Dourados, Barbosinha precisa equacionar uma série de problemas, tais como as bênçãos do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja, ambos do PSDB.

Afinal, em Dourados, o ninho tucano já tem um pré-candidato a prefeito, o ex-deputado estadual e radialista Marçal Filho, não sendo de bom tom bater de frente com um adversário lançado pelo partido do governador do qual ele é vice.

Portanto, para evitar um atrito maior, Barbosinha pode adiar o sonho de disputar novamente o cargo de prefeito de Dourados, ao qual concorreu nas eleições de 2020 e foi derrotado pelo atual prefeito Alan Guedes (PP), pré-candidato à reeleição.

Correio do Estado levantou também que a Executiva estadual do PSD deixou a decisão exclusivamente nas mãos do vice-governador, porém, o prazo está passando e, quanto mais demorar para bater o martelo, menos tempo terá para colocar a pré-campanha nas ruas.

A reportagem procurou Barbosinha para saber sobre a definição dele a respeito da pré-candidatura a prefeito de Dourados, porém, até o fechamento desta matéria não obteve retorno. Entretanto, o espaço continua aberto para um posicionamento futuro.

FILIAÇÃO

Na noite de 28 de março deste ano, no apartamento do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em São Paulo, Barbosinha assinou a ficha de filiação ao partido após alegar incompatibilidade com o projeto do PP, seu antigo partido.

O vice-governador disse, na época, que tomou a decisão de trocar o PP pelo PSD, pensando no futuro da sua principal base eleitoral, Dourados, onde o atual prefeito é pré-candidato à reeleição.

“Chego ao PSD como um soldado do partido, empenhado em buscar novos horizontes, pensando na política estadual, mas, sobretudo, em um projeto político para o desenvolvimento de Dourados”, definiu Barbosinha na ocasião.

Além de Gilberto Kassab, a filiação de Barbosinha contou ainda com a presença do presidente estadual do PSD, senador Nelsinho Trad, do presidente do partido em Campo Grande, deputado estadual Pedrossian Neto, do governador Eduardo Riedel (PSDB) e do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck (PSD).

Também na época, o vice-governador garantiu que existia uma convergência de pensamento dele com as diretrizes nacionais do PSD.

“Eu me sinto confortável com o entendimento do meu partido quanto à criação de um ambiente regulatório que estimule a iniciativa empreendedora e a inovação pela busca do desenvolvimento em seu sentido amplo – social, econômico e ambientalmente sustentável, com o uso racional de fontes renováveis de energia e de tecnologias verdes; do investimento em ciência, tecnologia e infraestrutura”, comentou.

Barbosinha disse que a partir de agora vai se somar aos esforços do senador Nelsinho, do deputado Pedrossian Neto, dos prefeitos e vereadores da legenda no Estado, “buscando nos municípios estabelecer diálogo com políticos e com todos os que pensam num programa de desenvolvimento, para que venham se filiar e adensar a nossa base para 2026 quando esperamos ter uma chapa robusta de candidatos a deputado estadual e federal e para o Senado da República”.

Ele concluiu dizendo que essa mudança de partido não altera a atuação como vice-governador.

“Entro num partido de centro, que toma decisões ponderadas, e vou continuar auxiliando o governador Eduardo Riedel na tarefa de tocar o Estado. Do ponto de vista administrativo continuamos na missão, sob o ponto de vista político me empolgo com a oportunidade em poder fazer com o que o PSD possa ser maior ainda do que já é, num alinhamento muito claro com o Riedel e perspectivas políticas indicadoras de um grande futuro”.

 

(Fonte: Correirodoestado. Foto: Divulgação)

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