A Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou nesta terça-feira (09), a quinta reunião do Grupo de Gerenciamento de Crise, onde foi pactuado a criação de uma força-tarefa para triar e vacinar cerca de 3,8 mil alunos indígenas com o objetivo de mitigar casos de Covid-19 em aldeias do município de Dourados. O Grupo também concedeu parecer favorável ao retorno das aulas presenciais já na próxima quinta-feira (11), em 10 escolas da região, cuja as aulas foram suspensas no dia 27 de outubro.
A reunião aconteceu na sede do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI/MS) e contou com a presença da secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone e da secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite, e do secretário nacional de Saúde Indígena, Robson da Silva, além do assessor miliar na SES, coronel do Corpo de Bombeiros Militar Marcello Fraiha.
A secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone, destacou quanto à necessidade de urgência de criar uma força-tarefa para atuar nas escolas indígenas de Dourados. “Nós estamos acompanhando de perto este surto e propomos ao Grupo de Gerenciamento de Crise, que fosse feita a triagem e a vacinação dos alunos indígenas a partir de 12 anos ou mais nas 10 escolas pelos próximos oito dias úteis. Esta ação se faz necessária pois identificar novos casos, auxilia no monitoramento e mitiga a doença nesta região”.
Segundo o secretário nacional de Saúde Indígena, Robson da Silva, a participação das lideranças são de extrema importância para conter o surto nestas regiões. “A Sesai de Brasília está dando o apoio e essa questão de surto que está previsto no contexto da pandemia. Assim, estamos unindos esforços com Estado e municípios para melhorar a nossa resposta. Nós saímos desta reunião com uma pactuação muito boa em termos de ações conjuntas que começam nesta quinta-feira (11), inclusive com diretores de escolas e outros entes municipais. É importante a gente ressaltar a importância das lideranças, sem elas não adianta só o nosso trabalho, é preciso respeitar o isolamento quem estiver positivo, evitar aglomerações, precisamos da ajuda de todos vocês para conter esse vírus”.
Para a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite, a união de esforços entre as entidades têm contribuído para redução de casos. “Acho importante a atuação conjunta, não só do Ministério da Saúde, mas das secretarias tanto estadual quanto municipal de Saúde e da Educação, que se mobilizaram e se fizeram presentes com essas ações em parceiras e trazendo as suas realidades. Creio que vamos conseguir vencer esse caráter pandêmico da Covid-19. Nós vamos ampliar as testagens e auxiliar na estratégia de vacinação dos indígenas”.
Para o assessor militar na SES, coronel Marcello Fraiha, condutor do Grupo de Gerenciamento de Crise, as ações já sinalizam para resultados positivos. “Nós já conseguimos de forma enérgica e célere, estabelecer diversas ações na qual já estão sendo aplicadas e que serão ampliadas com a presença de toda a equipe técnica gestora. Essas ações estão alinhadas para justamente conter o surto nas aldeias indígenas de Dourados”.
Dados apresentados pelo DSEI no último dia 5 de novembro, informam que 53,7% dos adolescentes tomaram a primeira dose de vacina, a meta estabelecida é que este índice seja de 90%.
Situação
De acordo informações do DSEI repassadas à SES, o DSEI realizou 428 testes de antígeno ligados ao surto, sendo que 394 foram descartados e 34 positivos para a Covid-19. Já o Polo Indígena, ofertou 749 testes de antígeno, com 91 casos positivos. O DSEI ainda informou que 82% dos casos positivos ocorreram na Aldeia Jaguapiru, 15% na Aldeia Bororó e 3% nos acampamentos localizados em torno das aldeias.
A SES informa ainda que tem acompanhado de perto a situação nos municípios de Tacuru e Caarapó, onde o DSEI tem ampliado a testagem e monitorando os casos nessas regiões.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)