Para prevenir e combater os incêndios florestais, o governo do Estado, por meio do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, implementou esse ano diversas ações, resultando na diminuição da quantidade e magnitude dos incêndios em relação ao mesmo período do ano passado.
Entre as ações realizadas foram feitos mapeamento de estradas e acessos; aceiros; orientação nas propriedades rurais; vistoria em pontes de madeira; verificação de pista de pouso e fontes de captação de água; formação de brigadas; monitoramento constante dos focos de calor, dentre outras. Além disso, a corporação também elaborou um Plano de Chamada estruturado em 3 níveis de acionamento: com capacidade de mobilização total de aproximadamente 800 militares, aproximadamente dois terços do seu efetivo total.
A formação de brigadas florestais é uma iniciativa inédita do governo, cujos efeitos podem ser observados no controle dos incêndios, uma vez que os próprios moradores podem dar a 1ª resposta e passar informações mais detalhadas até a chegada dos bombeiros, que pode levar de horas, visto que na maioria dos casos o acesso terrestre às áreas afetadas não é possível.
O assessor militar da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), coronel Moreira, ressalta que a vigilância dos bombeiros militares e dos setores de fiscalização têm sido ininterrupta no bioma pantaneiros e nos parques estaduais, com monitoramento aéreo e por dados e imagens de satélites. O monitoramento é realizado na Sala de Situação, instalada no Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, unidade que fica no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande.
Da Sala de Situação são emitidos alertas para as guarnições deslocarem imediatamente para as áreas em que foram registrados focos de calor. Os focos são verificados in loco e comunicados ao Imasul. Sendo assim, todo foco tem uma resposta do Corpo de Bombeiros, seja no combate direto ou no levantamento da área para posterior autuação ou orientação. Essa fiscalização rigorosa almeja que seja evitada a propagação do fogo por atos criminosos.
Os indicadores de focos de calor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) demonstram um cenário altamente positivo que comprovam eficácia do plano estratégico de prevenção e combate lançado pelo Estado. Apesar das condições climáticas e hidrológicas estarem piores que o ano de 2020, a incidência de focos de calor no Estado reduziu 27% de janeiro a outubro (dia 13) em relação ao ano anterior, sendo que no Pantanal, bioma mais afetado pelos incêndios, a redução foi ainda maior, de 41%.
Os investimentos do governo do Estado na compra de equipamentos para o Corpo de Bombeiros, as ações preventivas envolvendo as propriedades, bem como os decretos estaduais de situação de emergência e da proibição da queima controlada foram fundamentais para criar esse indicador positivo.
As ações do governo do Estado conquistaram bons resultados, mas ainda assim, deve se manter cautela. Mesmo com todo o trabalho preventivo, esse ano já foram realizadas sete grandes operações de combate aos incêndios florestais: em Água Clara, Bela Vista, Brasilândia, Corumbá, Jardim, Maracaju e Porto Murtinho, estando em andamento ainda as operações em Corumbá e Jardim.
Dados
O Centro de Monitoramento do Tempo e Clima (CEMTEC/SEMAGRO) em conjunto com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Mato Grosso do Sul (CBMMS) estão divulgando os dados de monitoramento de incêndios florestais toda terça-feira. Estas informações são disponibilizadas no link a seguir https://www.cemtec.ms.gov.br/incendios-florestais/.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)
