Rede de saúde pública de Três Lagoas, a 327 km da Capital, tem sofrido com a falta de remédios nas USFs (Unidades de Saúde da Família) do município. Entre as medicações em falta estão antibióticos, antidepressivos e medicações para tratamento de hipertensão e ansiedade.
Segundo a SMS, os medicamentos afetados pela escassez são: Amoxicilina, Azitromicina, Metildopa, Nitrofurantoína, Ácido Valpróico, Carbonato de Cálcio, Dexclorfeniramina, Rivaroxabana 20 mg, Topiramato, Trazodona, Pregabalina, Alprazolam, Escitalopram, Rosuvastatina 10mg, Metilfenidato, risperidona, Aripiprazol e Divalproato de sódio.
Em nota publicada na última sexta-feira (26), a SMS explicou que entre os principais fatores para o desabastecimento está a desistência das empresas vencedoras das licitações, que alegam valores defasados dos produtos. “Em outros casos desclassificação das empresas vitoriosas e licitações fracassadas, devido, por exemplo, pela falta de fornecedores interessados em participar”, explica trecho.
Segundo a SMS, além da escassez das medicações na rede municipal, as redes de farmácias também têm sofrido com a falta dos remédios. Além disso, a Secretaria aponta que o desabastecimento não é exclusivo de Três Lagoas, pois diversas cidades do estado e do país também estão enfrentando a mesma dificuldade.
No caso de o município efetuar compras acima do preço estabelecido pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), responsável pela regulação econômica do mercado de medicamentos no Brasil, a prefeitura é notificada pelo Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul e poderá responder judicialmente.
A secretária da SMS, Elaine Furio, destacou que o município está em processo de compra emergencial dos medicamentos mencionados e busca diversas formas e estratégias em todas as esferas para adquiri-los.
Fornecimento – Em nota, a Prefeitura de Três Lagoas, por meio da SMS (Secretaria Municipal de Saúde), explicou que os medicamentos pactuados são adquiridos pelo município com recursos próprios, enquanto os não-pactuados são fornecidos pelo Ministério da Saúde.
Desde 2017, a SMS afirma que tem beneficiado a população ao oferecer medicamentos e fórmulas que não fazem parte da lista obrigatória do SUS (Sistema Único de Saúde). Para este ano, o orçamento da Saúde prevê um investimento de R$ 7.667.026,70 em medicamentos pactuados, R$ 5.079.000,00 em fórmulas e R$ 7.703.000,00 em medicamentos não pactuados.
(Fonte: CampoGrandeNews. Foto: Divulgação)