fbpx
Connect with us

Geral

Setor cultural tem mais emprego informal que o conjunto da economia

Pesquisa do IBGE mostra, no entanto, que salários são maiores

Publicado

on

O setor cultural no país tem proporção maior de empregos informais, se comparado ao total das atividades econômicas. No entanto, é composto por trabalhadores mais qualificados e paga maiores salários. A constatação está na pesquisa Sistema de Informações e Indicadores Culturais, divulgada nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento faz uma radiografia de empresas e ocupações ligadas ao ramo cultural, como companhias de teatro, cinema, casas de espetáculos, museus, editoras, empresas de design e de comunicação.

Entram no campo de análise profissões que vão desde percussionista até o porteiro que trabalha em um museu, passando por uma bibliotecária, por exemplo.

De acordo com o estudo, em 2022 o setor cultural ocupava 5,4 milhões de pessoas no país. Isso representa 5,6% do total de ocupados em todas as atividades econômicas. Esse patamar é muito próximo do registrado em 2019, período pré-pandemia. No ano seguinte, 2020, o isolamento social e os lockdowns levaram o número de ocupados para 4,8 milhões.

Qualificação e informalidade

Dos trabalhadores do setor cultural, 30,6% tinham ensino superior completo. Esse nível de escolaridade fica acima da média do total das atividades, 22,6%. Apesar de mais qualificados, esses profissionais lidavam com maior nível de informalidade. Enquanto no total da economia a taxa de informalidade era de 40,9%, na área cultural alcançava 43,2%.

Outra característica é a grande participação de trabalhadores por conta própria, 42,1%, acima dos 26,1% do total da economia.

“Ter mais conta própria é um indicativo de mais informalidade porque, de maneira geral, normalmente está mais ligada à não contribuição previdenciária”, explica o pesquisador Leonardo Athias.

Brasília (DF) 30/11/2023 –  Setor cultural tem mais emprego informal que conjunto da economia
Arte Agência Brasil
Setor cultural tem mais emprego informal que conjunto da economia – Arte Agência Brasil

Remuneração

A pesquisa identificou que ter maior proporção de informalidade não significou menores salários para o setor cultural. Pelo contrário. Enquanto no país o rendimento médio ficou em R$ 2.582, entre os trabalhadores dos setores relacionados à cultura a cifra era de R$ 2.815.

A desigualdade entre os salários de homens e mulheres na economia como um todo se reproduz também no universo cultural. Elas receberam, em média, R$ 2.510, enquanto eles, R$ 3.087, uma diferença de 23%.

Menos inflação

O IBGE também analisou o peso e comportamento dos gastos com atividades, produtos e serviços culturais no bolso das famílias brasileiras. Para isso, foi criado o Índice de Preços da Cultura (IPCult).

Em 2020, esses gastos – que incluem custos tradicionais, como entrada de cinema, até consumos mais modernos, como assinatura de streaming – representavam 9,1% do peso da inflação oficial do país (IPCA). No ano passado, a participação caiu para 8,4%.

Observando como cada índice se comportou, os gastos com cultura subiram menos que a inflação geral. Nos últimos dois anos, o IPCA acumulado de 12 meses teve média de 6,8%. Já o IPCult, 3,2%.

Gastos públicos

O ano de 2022 foi o que mais teve gastos públicos no setor cultural. Em valores correntes foram R$ 13,6 bilhões, uma expansão de aproximadamente 73% ante os R$ 7,9 bilhões de 2012.

Observando por esfera administrativa, percebe-se a redução de gastos federais em 33,3%, passando de R$ 1,8 bilhão para R$ 1,2 bilhão. Já estados e municípios tiveram aumentos. Governos estaduais saltaram de R$ 2,4 bilhões para R$ 4,3 bilhões (+77%); e prefeituras, de R$ 3,6 bilhões para R$ 8 bilhões (+125%).

“Estudos mostram, no Brasil e fora, que o gasto no setor é multiplicador. Se você mexe na cultura, isso gera renda e emprego na sequência”, analisa Leonardo Athias.

Acesso à cultura

Ao mapear a presença de equipamentos culturais pelo país, o IBGE retrata a desigualdade de acesso. O levantamento identificou que 31,4% da população moram em municípios onde não existe museu e 30,6%, onde não há teatros. A situação mais crítica é o cinema,-  42,5% da população vivem em cidades sem salas de exibição.

O IBGE também calculou a proporção de cidades que não têm teatros, museus e cinemas nos próprios territórios e precisam de deslocamentos superiores a uma hora para alcançar esses equipamentos culturais.

A Região Norte é a mais desfavorecida – 70% dos municípios estão a mais de uma hora de um museu. No Centro-Oeste são 28,5% e no Nordeste, 15,4%. Todas essas regiões estão acima da média nacional, 14,9%.

No Sudeste, 5,3% das cidades estão nessa situação. No Sul, apenas 1,3%, ou seja, praticamente todas as cidades estão a menos de uma hora de um museu.

O Norte (65,1%), o Centro-Oeste (39,8) e o Nordeste (19,7%) também são as regiões mais desfavorecidas quando se leva em conta a proporção de municípios que precisam de mais de uma hora de deslocamento para se chegar em um teatro.

“Onde está a maior riqueza no Brasil, onde está o maior número de pessoas é na costa, onde há densidade demográfica. É onde a gente vê mais equipamentos e menores deslocamentos”, diz o pesquisador do IBGE.

O levantamento não faz a relação per capita das regiões, ou seja, quantos equipamentos existem para cada habitante.

“A Região Norte tem menos população que as outras regiões, por exemplo, mas a gente está falando sob a ótica do acesso, do direito à cultura”, observa.

Brasília (DF) 30/11/2023 –  Setor cultural tem mais emprego informal que conjunto da economia
Arte Agência Brasil
(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Invista na sua Vitrine: um guia completo para o varejista inteligente em 2024

Investir na sua vitrine é um investimento em resultados. Ao seguir essas dicas, você estará mais próximo de conquistar novos clientes e fidelizar os já existentes.

Publicado

on

A vitrine: seu principal vendedor silencioso

Em um mundo cada vez mais visual, a vitrine de sua loja é a sua maior aliada para atrair clientes e impulsionar as vendas. Pensando nisso, preparamos um guia completo e prático para te ajudar a criar vitrines impactantes e que gerem resultados reais.

6 dicas para uma vitrine de sucesso em dezembro de 2024:

1.Aposte na Sazonalidade: Dezembro é sinônimo de festas e celebrações! Aproveite essa época para renovar sua vitrine e criar um clima natalino. Use elementos decorativos típicos da data, como árvores de Natal, guirlandas e presentes. Além disso, pense em temas específicos como “Natal em família”, “Réveillon na praia” ou “Presenteie quem você ama”. Essa personalização irá conectar emocionalmente o seu cliente com a sua marca. Quer regionalizar? Aproveite as características sul-mato-grossenses e abuse da criatividade, criando um clima de fim de ano com elementos e a cultura do nosso Estado. Isso conecta, aproxima e atrai um público bem “nichado”.

2. Cuide da Iluminação: A iluminação é fundamental para criar um ambiente agradável e destacar os produtos. Use luzes quentes e aconchegantes para também criar esse clima natalino e convidativo que tanto falamos aqui. Direcione os focos de luz para os produtos mais importantes, criando um efeito de destaque.

3. Conte uma história: Transforme sua vitrine em um convite para uma viagem dos sonhos. Crie cenários que despertem a imaginação do seu cliente e o convide a entrar em seu mundo. Por exemplo, se você vende roupas, monte uma vitrine com um cenário de praia, com roupas leves e acessórios coloridos. E por que não já dar opções de looks para vários momentos do dia do seu cliente ou mesmo para toda a família? Em tempos “instagramáveis” muita gente adora ter a mesma paleta de cores, o mesmo estilo para “também” contarem histórias em seus perfis sociais. Ah… deixe a proposta clara nas suas propagandas.

4. Aposte nas cores: As cores têm o poder de transmitir emoções e influenciar as decisões de compra. Use cores vibrantes como vermelho e verde para criar um clima natalino. Mas não se esqueça de equilibrar as cores, utilizando tons neutros para destacar os produtos.

5. Menos é mais: Evite sobrecarregar a vitrine com muitos produtos. Selecione os itens mais importantes e destaque-os. Crie um layout clean e organizado, que facilite a visualização dos produtos.

6. Inove com tecnologia: Utilize QR Codes para conectar sua vitrine ao mundo digital. Crie promoções exclusivas, ofereça descontos para quem seguir suas redes sociais ou incentive os clientes a participarem de concursos culturais. Essa interação vai gerar engajamento e fortalecer o relacionamento com a sua marca.

As vantagens de investir na sua vitrine:

  • Aumenta o tráfego na loja: Uma vitrine atrativa chama a atenção dos passantes e os convida a entrar na loja.
  • Impulsiona as vendas: Uma vitrine bem elaborada ajuda a vender os produtos expostos e aumenta o ticket médio.
  • Fortalece a marca: Uma vitrine bem cuidada transmite uma imagem positiva da sua marca e a diferencia da concorrência.
  • Melhora a experiência do cliente: Uma vitrine bonita e bem organizada proporciona uma experiência de compra mais agradável.

Conclusão:

Investir na sua vitrine é um investimento em resultados. Ao seguir essas dicas, você estará mais próximo de conquistar novos clientes e fidelizar os já existentes.

 

 

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Continue Lendo

Geral

Prefeito Nelson Cintra participa do XV Fórum de Representantes do Gran Chaco Americano na Bolívia

A comitiva brasileira foi composta por Regina Heyn, vereadora; pela vice-prefeita eleita, Dra. Andreara Castro

Publicado

on

O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, esteve em Villa Montes, Bolívia, para participar do XV FORO DE REPRESENTANTES DO GRAN CHACO AMERICANO. A comitiva brasileira foi composta por Regina Heyn, vereadora; pela vice-prefeita eleita, Dra. Andreara Castro; e pelos vereadores eleitos Marcela Quinones, Elisangela Corrêa e Kleber Loubet.

O evento, liderado pela governadora executiva do Desenvolvimento Regional de Villa Montes, Karen Sánchez, reuniu autoridades da Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil, além de convidados especiais e representantes de organismos internacionais. Durante o fórum, Karen Sánchez transferiu a presidência do Gran Chaco Americano para Jorgelina Rolón, de Filadélfia, Paraguai.

Propostas debatidas e aprovadas

A plenária aprovou diversas propostas estratégicas para a integração e desenvolvimento do Gran Chaco Americano, entre as quais:

• A criação de um novo Corredor Bioceânico Central, com Villa Montes – Bolívia, como parte do trajeto, constituindo uma alternativa ao Corredor Bioceânico de Capricórnio.

• A solicitação ao Governo do Paraguai, por meio do Governador de Boquerón, para a construção do trecho Cruce Don Silvio – InfanteRivarola.

• A elaboração de um Plano Trinacional para a restauração do leito principal do rio Pilcomayo, com ações de dragagem e a participação dos países membros.

Além disso, foram discutidos temas prioritários para o desenvolvimento regional, como:

• Gestão da água

• Turismo sustentável

• Mudanças climáticas e meio ambiente

• Conservação do rio Pilcomayo

• Corredores bioceânicos

• Explorações sísmicas

• Intercâmbio comercial

Compromisso com a integração regional

O fórum reafirmou o compromisso dos países membros em promover a cooperação regional e impulsionar iniciativas que beneficiem o Gran Chaco Americano.

Nelson Cintra destacou a relevância da presença de Porto Murtinho no evento, afirmando que iniciativas como essas fortalecem a integração internacional e geram novas oportunidades de desenvolvimento econômico e social para o município e a região.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Continue Lendo

Geral

Colaborador do Sesi integra seleção brasileira campeã pan-americana de futsal de surdos

Marcos Paulo trabalha como técnico de suporte na unidade do Sesi em Dourados.

Publicado

on

O colaborador do Sesi Marcos Paulo de Aguiar fez parte da seleção brasileira que conquistou o tricampeonato nos Jogos Pan-americanos de Surdos 2024, modalidade futsal. A competição reuniu equipes de 17 países e foi disputada entre os dias 10 e 16 de novembro, em Canoas (RS).

A campanha do time de futsal contou com vitórias sobre Colômbia, Uruguai, Jamaica e Venezuela. Na decisão pela medalha de ouro, a seleção brasileira derrotou a Argentina por 4 a 0.

Marcos Paulo trabalha como técnico de suporte na unidade do Sesi em Dourados. Ele foi o único representante da cidade na seleção brasileira de futsal de surdos.

“Para nós, douradenses é motivo de muito orgulho termos participado dessa vitória. Agradeço de modo especial à Escola Sesi de Dourados, um dos principais apoiadores e parceiros. Agora, aguardo ser selecionado para representar o Brasil no campeonato internacional na Itália em 2025”, disse Marcos Paulo.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Continue Lendo

Mais Lidas

Copyright © 2021 Pauta 67