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Saúde

Santas casas recebem 61% das internações de alta complexidade no SUS

Ministra da Saúde reitera compromisso e importância dedicada ao setor

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As santas casas de misericórdia respondem atualmente por 40% das internações de média complexidade e por 61% das internações de alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados foram apresentados pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem ao Dia Nacional das Santas Casas de Misericórdia, lembrado nesta terça-feira (15). 

Durante a sessão, Nísia citou o Projeto de Lei 1.435/22, que prevê a revisão periódica, em dezembro, da tabela para remuneração de serviços prestados ao SUS. O texto, em análise na Câmara dos Deputados, exige atualização suficiente para manutenção da qualidade do atendimento e equilíbrio econômico-financeiro dos contratos. “Reitero aqui o nosso compromisso e a importância que dedicamos ao setor”, disse.

“Tradição de quase 500 anos de um setor que já foi o único acesso à assistência, à saúde de grande parte dos brasileiros, principalmente antes da vigência do Sistema Único de saúde”, destacou a ministra. “Em muitos lugares, era a presença da santa casa a única forma de acesso”, completou.

“O Ministério da Saúde não só entende essa centralidade como reitera o seu compromisso com muita seriedade junto ao trabalho de cada um de vocês”, destacou. “Continuarmos esse trabalho em conjunto com o setor, com o Parlamento brasileiro e com o apoio de todo o governo liderado pelo presidente Lula para que o setor tenha condições de sustentabilidade, trabalhando junto propostas de aperfeiçoamento de gestão.”

Pandemia

Durante a sessão, Nísia citou ainda o que chamou de perdas durante a pandemia de covid-19 e a importância central das santas casas de misericórdia nesse processo. “Meu pai mesmo contraiu covid, felizmente não evoluiu para uma forma grave, e teve sua assistência na Santa Casa de Misericórdia de Santo André (SP), onde reside. Cada um de nós terá uma história pessoal pra falar da importância do setor”.

“O ministério teve como um dos principais pontos da sua estruturação no governo do presidente Lula retomar a capacidade de coordenação nacional do SUS. E essa coordenação é impossível sem o diálogo e o trabalho conjunto com todos os setores que dão suporte ao nosso Sistema Único de Saúde”, disse.

“Reitero nosso compromisso em buscar as melhores forma de sustentabilidade e avanço rumo a um SUS resiliente e rumo ao fortalecimento do nosso sistema. As santas casas desempenham função de relevância social e política, sendo responsáveis por oferecer serviços essenciais à população, trabalhando também historicamente no enfrentamento das desigualdades sociais”, concluiu.

Panorama

O presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, Mirócles Veras, avaliou o momento atual como de plena transformação da saúde no país, mas delicado particularmente para o setor filantrópico. “No Dia Nacional das Santas Casas, não esperamos misericórdia”, disse.

“Almejamos o reconhecimento da nossa história, a valorização e a importância de nossa missão. Dessa forma, o que trazemos não são simplesmente pedidos do setor, mas uma verdadeira pauta de compromisso pela saúde do Brasil”, destacou. Segundo Veras, a rede filantrópica conta com 1.804 hospitais espalhados por todo o território nacional e emprega mais de 1 milhão de profissionais.

“Oferece capilaridade a um país com graves problemas de concentração de recursos assistenciais nos centros mais desenvolvidos. Em quase mais de mil municípios, pequenos e periféricos, o equipamento de saúde filantrópico é a única alternativa de atendimento à população”, concluiu.

Os dados mostram que a rede oferece, ao todo, 175.225 leitos, sendo mais de 20 mil de unidade de terapia intensiva (UTI) ao ano, além de realizar mais de 5 milhões de internações, 1,7 milhão de cirurgias e mais de 220 milhões de atendimentos ambulatoriais. Em 2022, 67% dos procedimentos oncológicos foram realizados em entidades filantrópicas, responsáveis também por 71% dos 6,7 mil transplantes registrados no país.

 (Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Saúde

Governo de MS avança na regionalização da saúde com entrega de UTI cardiológica no HR de Três Lagoas

A UCO conta 10 leitos de UTI e tem capacidade de atender cerca de 125 pacientes por mês

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O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), dá mais um passo significativo no compromisso de regionalização da saúde com a entrega da Unidade Cardiológica (UCO) do Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé em Três Lagoas. Inaugurada quinta-feira (21), a UCO representa um avanço no atendimento especializado à população da região leste do Estado.

Com investimento de R$ 1.050.000,00 a UCO conta 10 leitos de UTI e trabalha com a capacidade de atender cerca de 125 pacientes por mês.  A Unidade Coronariana é uma unidade de terapia intensiva que trata pacientes adultos com problemas cardíacos graves ou com risco de vida. A UCO dispõe de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, prontos para atender emergências e fornecer cuidados intensivos aos pacientes.

Com esta nova estrutura, espera-se reduzir o tempo de espera por atendimento especializado e aumentar as chances de recuperação dos pacientes da região leste do Estado.

“Um atendimento excelente, tudo ótimo. As enfermeiras, fisioterapeutas, médicos todos super atenciosos e prestativos. Essa é a segunda vez que preciso vir aqui me tratar e considero muito importante um serviço desse aqui na região para nos atender já que eu moro em Aparecida do Taboado. Vou espalhar para todos lá na minha cidade o quanto sou bem atendida aqui”, conta dona Maria Martins, paciente da UCO.

Gresso Sanomiya, de Três Lagoas

Morador de Três Lagoas, o gesseiro Gresso Sanomiya está recebendo tratamento na Unidade Coronariana e compartilha o mesmo sentimento. “Estou sendo muito bem atendido aqui. É essencial para Três Lagoas e todas as cidades aqui da região ter a disposição serviços hospitalares de excelência como os que são oferecidos aqui no Magid Thomé”, ressalta.

Representando o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Correa, o assessor técnico da SES, Dr. João Ricardo Tognini, explica que a implantação da Unidade Coronariana se torna mais relevante com o aumento populacional diante do contexto da expansão econômica de Três Lagoas e região, surge a necessidade de um suporte médico adequado para atender as demandas decorrentes dessa transformação social e econômica.

Assessor técnico da SES, Dr. João Ricardo Tognini

“A UCO traz consigo uma gama de serviços que prioriza não apenas o tratamento, mas também a prevenção de doenças do coração. Por meio de equipamentos modernos e uma equipe multidisciplinar preparada para lidar com os mais diversos casos, a Unidade Coronariana se alinha ao compromisso do Hospital Regional em garantir a saúde e o bem-estar da comunidade. Isso significa que a população de Três Lagoas, e das cidades vizinhas, terão acesso a um atendimento rápido e eficaz, reduzindo assim a necessidade de transferências para outras localidades e os riscos associados a intervalos prolongados de espera por atendimento emergencial”, afirma o assessor técnico da SES.

O diretor-geral do Hospital Magid Thomé, Henrique Schultz, enfatizou que esta nova unidade simboliza uma resposta significativa às demandas crescentes da população, reafirmando o compromisso de melhorar continuamente os serviços hospitalares. “Pra gente é um prazer e uma oportunidade imensa podermos hoje concretizar a abertura de 10 leitos da Unidade Coronariana. Há um ano estamos no caminho da alta complexidade em cardiologia onde já fazemos mais de 1.300 procedimentos da parte da cardiologia. E hoje a gente consegue ampliar esse serviço com a retaguarda desses leitos unidade de coronariana em nosso Hospital. Isso é um Marco para Mato Grosso do Sul, mas principalmente para nossa macrorregião dos 10 municípios na qual nós fazemos parte dessa contratualização com o Estado, disse Schultz.

Presidente do Instituto Acqua, Samir Siviero

Para o presidente do Instituto Acqua, Organização Social que administra o Hospital Regional da Costa Leste, Samir Siviero, a concretização desse projeto só foi possível graças à união de esforços de todos os envolvidos no processo de implantação da UCO. “Desde que iniciamos o serviço de hemodinâmica, a remoção de pacientes para Campo Grande diminuiu cerca de 40%. O Hospital Magid Thomé é uma construção coletiva desde o seu início. Governo do Estado, SES e nossos profissionais trabalharam em conjunto no planejamento e na implantação da UCO”, destaca Samir Sivero.

Presidente da Câmara Municipal e prefeito eleito de Três Lagoas, Dr. Cassiano Maia

A inauguração da UCO contou com a presença do presidente da Câmara Municipal e prefeito eleito de Três Lagoas, Dr. Cassiano Maia e profissionais da saúde que puderam conferir as novas instalações e o impacto positivo que esta conquista trará para a saúde pública da região.

Com dois anos de vida, o Hospital Regional poder contar com essa estrutura, eleva o nível de qualidade dos serviços de saúde pública de Três Lagoas. Disponibilizar um atendimento emergencial complexo, de serviço hemodinâmico, oferece uma segurança e tranquilidade para o município e toda região leste”, exalta Cassiano Maia, prefeito eleito de Três Lagoas.

O investimento na saúde é uma das prioridades do Governo que busca melhorar a infraestrutura e os serviços oferecidos nas unidades hospitalares em todo o Estado.

Estrutura

Inaugurado em junho de 2022, o Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé foi construído em uma área de 26,4 mil metros quadrados, em um prédio com blocos setorizados, que dispões de 116 leitos. Ele conta com 460 funcionários diretos e mais 600 indiretos, chegando 1.060 empregos gerados na cidade.

O hospital disponibiliza atendimento ambulatorial de média e alta complexidade, assim como consultas especializadas, pronto socorro, enfermaria, UTI adulto e pediátrica, clínica geral, serviços de Endoscopia Adulto e Infantil, Colonoscopia, Broncoscopia, Ultrassom/Dopler e Ressonância Magnética, entre outros procedimentos para atender a população de Três Lagoas e toda região. A capacidade do hospital é de 218 cirurgias por mês.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Saúde

Campo Grande recebe doses da vacina contra a Covid-19 para imunizar bebês e crianças

As doses estavam em falta há quase 4 meses, e novos lotes chegaram ao Brasil no fim de outubro com a compra feita pelo Ministério da Saúde.

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As 2.365 doses da vacina contra Covid-19 para bebês e crianças até os 5 anos de idade chegaram essa semana e já foram distribuídas às Unidades de Saúde da Família da capital. Neste sábado (23) haverá plantão de vacinação no Shopping Pátio Central e o imunizante será oferecido ao público.

As doses estavam em falta há quase 4 meses, e novos lotes chegaram ao Brasil no fim de outubro com a compra feita pelo Ministério da Saúde. Foram adquiridos 1,2 milhão de doses de vacinas. Recentemente, um novo pregão para a aquisição de mais 69 milhões de doses foi finalizado. Com a nova compra, a população terá a garantia de proteção contra as formas graves da doença pelos próximos 2 anos.

Desde maio, o Ministério da Saúde distribui a vacina com a variante XBB 1.5, que é uma versão atualizada e monovalente do imunizante. Até o momento, mais de 4,4 milhões de doses da vacina XBB 1.5 foram aplicadas em todo o Brasil. Segundo dados da cobertura vacinal contra a Covid-19, cerca de 82,25% da população em Campo Grande tem ao menos duas doses da vacina, no Brasil a cobertura é de 86%.

Sobre a vacina

A imunização atualmente está recomendada no calendário nacional de vacinação para crianças entre seis meses e menores de 5 anos de idade na rotina, o imunizante deve ser adotado com esquema de duas doses (aos 6 e 7 meses de idade), respeitando os intervalos mínimos recomendados (4 semanas entre a 1ª e 2ª dose). Caso não tenha iniciado e/ou completado o esquema primário até os 7 meses de idade, a vacina poderá ser administrada até 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme histórico vacinal. Para indivíduos imunocomprometidos, o esquema vacinal é de três doses (aos 6, 7 e 9 meses).

O imunizante também pode ser tomado por pessoas dos grupos prioritários a partir de 5 anos de idade e indicado também para a população geral a partir de 5 anos de idade, desde que não tenham nenhuma dose anterior de vacina da Covid-19.

Plantão neste sábado (23)

Horário: 9h às 16h

Local: Shopping Pátio Central

Endereço: Rua Marechal Rondon, 1.380

Durante a semana a vacina contra a Covid-19 pode ser encontrada nas USFs, encontre a sua no site: www.campogrande.ms.gov.br/sesau .

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Saúde

Leitos de UTI crescem 52% em 10 anos; distribuição é desigual

SUS oferece menos disponibilidade do que sistema privado

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O número de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) cresceu 52% no Brasil na última década, passando de 47.846 em 2014 para 73.160 em 2024. A alta mais expressiva se deu em 2021 e 2022, durante a pandemia de covid-19.

Os dados fazem parte do estudo A Medicina Intensiva no Brasil: perfil dos profissionais e dos serviços de saúde, divulgado nesta terça-feira (19) pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).

Em nota, a entidade avalia que, apesar do aumento considerado significativo, a distribuição permanece “gravemente desigual”, tanto pelo aspecto territorial, quanto pelo social.

“Uma análise crítica sobre as informações do estudo demonstra a necessidade de adoção de políticas públicas que promovam uma distribuição mais justa da infraestrutura hospitalar e de profissionais intensivistas pelo país”.

De acordo com a Amib, a disparidade começa pela comparação entre a oferta de leitos para a rede pública e para rede privada de saúde. Em 2024, do total de leitos de UTI existentes no Brasil, 51,7% ou 37.820 são operados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os demais 48,3% ou 35.340 estão no sistema suplementar.

“Apesar da proximidade dos números de leitos de cuidados intensivos disponíveis entre as redes pública e privada, a diferença entre a população atendida pelos dois universos evidencia o problema”, completou a associação.

Os números mostram que no SUS, sistema do qual dependem 152 milhões de pessoas, há 24,87 leitos por 100 mil habitantes. Já na rede privada, que tem 51 milhões de beneficiários de planos de saúde, a disponibilidade de leitos de UTI é de 69,28 por 100 mil beneficiários.

Outra disparidade é verificada entre as regiões brasileiras. Enquanto o Norte apresenta 27,52 leitos de UTI por 100 mil habitantes, o Sudeste registra 42,58 leitos. Em todo o país, a densidade de leitos por 100 mil habitantes é de 36,06. Entretanto, 19 dos 27 estados da federação estão abaixo desse patamar – os extremos vão de 20,95, no Piauí, a 76,68, no Distrito Federal.

Intensivistas

O estudo destaca ainda que, enquanto o número total de médicos, com ou sem especialidade, cresceu 51% entre 2011 e 2023 em todo o país, a quantidade de médicos especialistas em medicina intensiva cresceu 228% no mesmo período – foram contabilizados 8.091 intensivistas em 2023, e 2.464 em 2011.

De acordo com a Amib, a maior parte dos médicos intensivistas em atividade no Brasil se formou há mais de 10 anos, sendo que mais de 75% acumulam entre 10 e 39 anos de prática profissional.

Dentre os intensivistas, a maioria é do sexo masculino (60%) e a faixa etária predominante fica entre 35 e 64 anos, com uma idade média de 52 anos. As mulheres estão as médicas mais jovens, “sugerindo uma possível tendência de aumento da participação feminina na especialidade ao longo do tempo”.

Apesar do crescimento geral da especialidade, Norte e Nordeste registram uma média inferior de intensivistas por habitante quando comparadas às demais regiões, acompanhando a tendência apresentada pela presença menor de leitos de UTI. O Sudeste soma 6.239 registros profissionais, enquanto o Centro-Oeste tem 899 registros. Já o Norte conta com 348 registros.

O Distrito Federal responde pela maior densidade de médicos intensivistas no país, com 14,06 especialistas para cada 100 mil habitantes. O índice representa quase o dobro da densidade do Sudeste (7,35) e quase três vezes a densidade do Mato Grosso do Sul (4,9), que tem base populacional semelhante.

No outro extremo, o Amapá conta com cinco intensivistas, “o que gera uma densidade praticamente nula de especialistas para cada 100 mil habitantes”.

“Nas capitais, a probabilidade de encontrar esse profissional é significativamente maior. A densidade de intensivistas nas 27 capitais brasileiras (14,28) é cinco vezes maior do que a encontrada na soma de todos os outros municípios (2,84)”, concluiu a Amib.

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