MS participa da instalação do Centro de Operações de Emergência para Dengue e outras Arboviroses
O COE tem o objetivo de auxiliar na definição de diretrizes de vigilância para ampliar a prevenção e o monitoramento das Arboviroses, orientando a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e ao controle de vetores.
Com ações preventivas para fortalecer as estratégias de enfrentamento a Dengue, Chikungunya e Zika em Mato Grosso do Sul, a SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da superintendência de Vigilância em Saúde e respectivas áreas técnicas responsáveis pelas Arboviroses no estado, participou nesta quinta-feira (9) da instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), do Ministério da Saúde.
O COE tem o objetivo de auxiliar na definição de diretrizes de vigilância para ampliar a prevenção e o monitoramento das Arboviroses, orientando a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e ao controle de vetores.
Em Mato Grosso do Sul o COE das Arboviroses foi criado para auxiliar os 79 municípios em ações constantes de enfrentamento às Arboviroses no Estado. Ele é composto por servidores e colaboradores da SES, envolvidos na atuação em situações de emergências de saúde sejam elas de importância nacional, estadual ou municipal de enfrentamento.
Com isto, o COE pode convidar representantes de órgãos públicos e entidades privadas, especialistas e técnicos, para participarem de reuniões, com o objetivo de prestar assessoramento sobre temas específicos relacionados às Arboviroses.
Atribuições do COE das Arboviroses em MS
De acordo com a gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener, o Centro de Operações de Emergência em Saúde tem como principais atribuições o planejamento, organização, coordenação e controle das medidas a serem adotadas durante a resposta às emergências, bem como a articulação com gestores estaduais, distritais e municipais do SUS (Sistema Único de Saúde), órgãos públicos e divulgação de informações relevantes à população.
“O COE para Dengue e outras Arboviroses visa fortalecer a capacidade de resposta diante dos desafios de saúde pública, garantindo uma atuação eficaz e coordenada para proteger a saúde da população e evitar casos graves e óbitos”, explica Jéssica Klener.
Saiba as atribuições do COE das Arboviroses:
Planejar, coordenar e articular ações de resposta às emergências de saúde pública relacionadas a Arboviroses;
Monitorar a situação epidemiológica e entomológica das Arboviroses no território estadual e avaliar e propor medidas de controle, prevenção e mitigação de impactos;
Definir as estratégias e procedimentos na esfera estadual para o enfrentamento da situação epidemiológica das Arboviroses, com a finalidade de reduzir os potenciais impactos dessas doenças, por meio de uma resposta coordenada, estruturada, eficiente e oportuna;
Apoiar os municípios na estruturação das Vigilâncias em Saúde, bem como realizar o monitoramento, acompanhamento e avaliação de sua atuação;
Mobilizar instituições de sua governança e convidar as parceiras para participarem de ações de conscientização e de combate contra o vetor;
Estimular a sociedade quanto a importância da atuação de cada cidadão nos cuidados preventivos necessários para evitar a proliferação do mosquito;
Avaliar os resultados das ações e estratégias, com o intuito de mantê-las, substituí-las ou aprimorá-las, conforme cada caso;
Capacitar profissionais da saúde envolvidos na resposta às Arboviroses e fornecer orientações técnicas para enfrentamento de surtos e epidemias;
Desenvolver outras ações inerentes à sua área de atuação, necessárias ao enfrentamento da crise;
Analisar dados epidemiológicos, consolidar informações para subsidiar a tomada de decisão e divulgar boletins epidemiológicos e relatórios periódicos;
Ações preventivas estratégicas com os municípios
O secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, enfatiza que o trabalho conjunto entre o Estado e os municípios ao longo de 2024 foi determinante para a significativa redução no número de casos de Dengue e demais Arboviroses. Esse alinhamento estratégico não apenas trouxe resultados positivos, mas também reforçou a importância da cooperação nas ações de saúde pública.
“Para 2025, é essencial que continuemos essa colaboração, focando em duas situações específicas. Primeiramente, muitos municípios estão passando por uma nova gestão e têm novos secretários de saúde. Esses profissionais precisam estar integrados ao nosso projeto estadual, garantindo que todos estejam alinhados com as estratégias e metas estabelecidas. Em outra frente, devemos prestar atenção especial àqueles municípios que, por diversos motivos, apresentaram números maiores de casos em 2024 em comparação com o restante do Estado. Um trabalho específico e direcionado será realizado nesses locais, com o objetivo de melhorar os resultados e promover a saúde da população. Com essa abordagem colaborativa e focada, acreditamos que poderemos alcançar resultados ainda mais significativos neste ano”, ressalta o titular da SES.
Entre as ações programadas, destacam-se diversas iniciativas voltadas para o manejo clínico e o fortalecimento da vigilância em saúde nos 79 municípios. Será realizada a distribuição de medicações essenciais, como dipirona, paracetamol, sais de hidratação e soro fisiológico, visando garantir o tratamento adequado à população.
Além disso, está prevista a organização de um evento presencial que tem como objetivo o compartilhamento de conhecimentos e a capacitação dos coordenadores das áreas de vigilância, atenção primária e controle de vetores. Esta ação é fundamental para promover a integração entre os profissionais e aprimorar as práticas de saúde pública.
O suporte contínuo aos municípios também é uma prioridade, assegurando que as localidades recebam o acompanhamento necessário para a implementação das medidas de controle e prevenção. O monitoramento dos casos notificados será intensificado, com a divulgação de informações por meio de boletins e informes periódicos, mantendo a população e os profissionais de saúde informados sobre a situação epidemiológica.
A realização de web aulas será uma estratégia adicional para disseminar conhecimentos de forma acessível e dinâmica. A implementação e validação de novos softwares visa fornecer apoio à decisão e aprimorar a investigação de óbitos relacionados a Arboviroses, permitindo uma resposta mais eficaz às demandas de saúde.
“Hoje fizemos uma webconferência com os 79 municípios com a participação dos setores de epidemiologia, das Arboviroses, controle de vetores e de educação em saúde, onde fizemos o balanço das ações em 2024 e as previsões e metas para este ano. Debatemos sobre as ações estratégicas para manter o controle do mosquito Aedes Aegypti e passamos todas as informações referentes ao controle vetorial, trabalhos de bloqueio químico, educação em saúde. Colocamos para os municípios que neste momento devemos intensificar os trabalhos para assim como no ano passado, em 2025 não tenhamos uma epidemia de dengue e outras Arboviroses”, afirma o coordenador do Controle de Vetores da SES, Mauro Lúcio Rosário.
Também será criado o Comitê de Investigação de Óbitos por Arboviroses, que terá a importante função de analisar e investigar as mortes por essas doenças, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle mais eficazes.
Essas ações refletem um compromisso sólido com a saúde pública e a melhoria da qualidade de vida da população.
Cenário epidemiológico
Em 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil óbitos, segundo o painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde.
Até a quarta-feira (8), foram notificados 10,1 mil casos prováveis e 10 óbitos estão em investigação em 2025. Do total de casos, 50% estão concentrados nos estados de São Paulo e Minas Gerais, enquanto a região Sudeste responde por 61,8% das ocorrências.
No estado de Mato Grosso do Sul, os casos de dengue em 2023 totalizaram 41.046, enquanto em 2024 foram registrados 16.229. Os casos de Chikungunya somaram 1.328 em 2023 e 919 em 2024. Estes dados foram apresentados no último boletim epidemiológico divulgado pela SES na sexta-feira (3). Segundo o documento, 32 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.
Vacinação
Ainda conforme o boletim, 121.368 doses do imunizante já foram aplicadas para idade permitida na bula na população. Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 207.796 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.
A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.
O Ministério da Saúde informou que vai enviar, ainda nesta semana, equipes técnicas a quatro estados brasileiros com o objetivo de apoiar ações locais para o controle de arboviroses, incluindo a dengue. “A missão busca fortalecer a vigilância epidemiológica, a assistência à população e a reorganização dos serviços de saúde”, destacou a pasta, em nota.
A previsão é que a capital do Espírito Santo, Vitória, receba a visita da equipe técnica nesta segunda-feira (13). Também estão no cronograma das visitas de hoje as cidades de São José do Rio Preto (SP) e Rio Branco (AC). Na terça-feira (14), Foz do Iguaçu (PR) vai receber a missão do ministério.
“A ação de vigilância é parte dos esforços do Ministério da Saúde para o controle da dengue e ouras arboviroses – antecipando atividades de prevenção para o período sazonal da doença”, destacou o comunicado. Na última quinta-feira (9), a pasta instalou o Centro de Operações de Emergência (COE) para Dengue e outras Arboviroses para acompanhar a situação em todo o país.
Além do suporte técnico, estados e municípios que receberem a visita serão orientados a manter ações de educação em saúde e mobilização social para eliminar criadouros de mosquitos que transmitem doenças, como o Aedes aegypti.
Desde 2023, o Ministério da Saúde está em constante monitoramento e alerta quanto ao cenário epidemiológico no país, coordenando uma série de ações para o controle das arboviroses em todo o território nacional. Foi reservado o montante de R$ 1,5 bilhão para fortalecer as ações.
Confira o cenário epidemiológico nas regiões a serem visitadas pelo ministério:
– São Paulo: registrou 2.181.372 casos prováveis de dengue em 2024. Em 2025, foram notificados 7,3 mil casos até o momento. Em São José do Rio Preto, foram 35.678 notificações em 2024 e 1.834 casos prováveis de dengue até agora em 2025;
– Paraná: registrou 655.488 casos prováveis de dengue em 2024. Em 2025, foram notificados 1.327 casos até o momento. Em Foz do Iguaçu, já foram 15.611 notificações em 2024 e 91 casos prováveis de dengue em 2025;
– Acre: registrou 7.409 casos prováveis de dengue em 2024. Em 2025, foram notificados 412 casos até o momento. Em Rio Branco, foram 1.579 notificações em 2024 e 212 casos prováveis de dengue até agora em 2025;
– Espírito Santo: registrou 163 mil casos prováveis de dengue em 2024. Em 2025, foram notificados 3.778 casos até o momento. Em Vitória, foram 18.598 notificações em 2024 e 247 casos prováveis de dengue até o momento em 2025.
Brasil
Dados da pasta indicam que, para 2025, há previsão de aumento na incidência de casos de dengue em pelo menos seis estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. Todos eles, segundo o ministério, estão sendo monitorados “ainda mais de perto”.
Gestores estaduais e municipais têm até a próxima sexta-feira (17) para regularizar e assinar o Termo de Repactuação para Retomada de Obras na Saúde (TRR). A nova data, de acordo com o Ministério da Saúde, visa a garantir a retomada das obras no setor em todo o país. A previsão inicial era que o prazo fosse encerrado nesta sexta-feira (3).
O último balanço da pasta indica que 153 das 203 obras que aderiram à repactuação já estão com o termo assinado e, portanto, aptas a realizar a licitação e receber os recursos federais. Dois sistemas estão disponíveis para regularizar o cadastro e aderir à retomada: o Sistema de Monitoramento de Obras (Sismob) e o InvestSUS.
“Embora o material seja de fácil acesso, o Ministério da Saúde informa que há obras que estão aptas para serem reiniciadas, mas ainda estão paralisadas devido a pendências dos entes federados”, destacou o comunicado. Além da possibilidade de concluir projetos interrompidos ou paralisados, é possível também regularizar a situação de obras concluídas.
A iniciativa – regulamentada pela Portaria GM/MS nº 5.426/2024 – conta com investimento superior a R$ 353 milhões.
Entre as obras previstas figuram 137 academias de saúde, 10 centros de atenção psicossocial (Caps), três centros de parto normal, cinco centros especializados em reabilitação, três oficinas ortopédicas, 808 unidades básicas de saúde (UBSs), quatro unidades de acolhimento, 28 unidades de pronto atendimento (UPAs) e duas unidades neonatais.
Suporte
O ministério disponibilizou os seguintes canais de apoio para orientar gestores:
A SES (Secretaria de Estado de Saúde) realizou nesta segunda-feira (13) reunião para definir estratégias de enfrentamento às arboviroses, como dengue, Zika e Chikungunya. Representantes de diversos setores participaram do encontro que teve como foco a intensificação das ações preventivas e a integração entre diferentes áreas de atuação.
Durante a reunião, foram apresentados dados atualizados sobre a incidência das arboviroses no estado e, diante do cenário, os gestores presentes discutiram medidas emergenciais, como encontros via webconferência, oficinas para qualificação das equipes e o fortalecimento da vigilância epidemiológica no estado.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Larissa Castilho, destacou a importância do trabalho conjunto. “O enfrentamento das arboviroses exige uma abordagem integrada, envolvendo não apenas a área da saúde, mas também setores como educação, infraestrutura e meio ambiente. Precisamos mobilizar toda a sociedade”, afirmou.
Entre as ações prioritárias definidas na reunião estão o monitoramento de criadouros do mosquito Aedes aegypti, o uso de tecnologias para identificação de focos de infestação e a ampliação do acesso ao diagnóstico e tratamento. Também foram discutidos planos de contingência e o reforço da comunicação com os municípios.
A SES reforça a necessidade de colaboração da população para eliminar possíveis criadouros do mosquito e evitar a disseminação das doenças. A prevenção é a principal atitude contra o avanço da dengue, Zika e Chikungunya.