Com foco na integração da segurança pública e da cidadania com a população, mais de 5.138 indígenas do município de Miranda tiveram seus direitos assegurados entre os dias 6 e 7 de julho, na Aldeia Cachoeirinha, durante a 4ª edição do MS em Ação: Segurança e Cidadania, promovida pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, através da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e da SEC (Secretaria de Estado da Cidadania).
A Escola Municipal Indígena Pólo Coronel Nicolau Horta Barbosa, sediou a ação que além da comunidade local, atendeu as comunidades Argola; Babaçu; Boa Esperança; Lagoinha; Lalima; Mãe Terra; Moreira; Morrinho; Passarinho; Kinikinau; Kay Koe e Nossa Senhora de Fátima. Que tiveram acesso gratuito a emissão de documentos pessoais como Carteira de Identidade, CPF, carteira de trabalho e puderam solicitar benefícios junto ao INSS, casamentos, divórcios, atendimentos na defensoria pública, consultas médicas com clínicos gerais e especialistas, com dentistas e orientações da correta escovação e higiene bucal.
Élcio, indígena Terena. Foto: Matheus Carvalho.
O MS em Ação: Segurança e Cidadania tem um impacto profundo e transformador nas comunidades indígenas, promovendo inclusão, respeito aos direitos e melhorias nas condições de vida. E esse impacto tem sido sentido pelos moradores das comunidades, como por exemplo, o Élcio, indígena Terena, 61 anos.
“Eu vim aqui hoje para procurar médico ortopedista e tive um atendimento muito bom, o médico já me deu encaminhamento e eu já fui na Sesai aqui e já agendei o raio-x em Aquidauana, foi muito rápido, excelente. Hoje eu casei também, já fiz tudo aqui, não preciso nem ir no cartório de Miranda”, explica.
A ação proporcionou também a emissão de 1.240 documentos, mudando a realidade de muitas pessoas como da Antônia Faustino, que há muito tempo esperava para fazer o RG, e foi durante a ação que ela concretizou o seu desejo de estar com a documentação em dia. “É muito bom ter esses serviços aqui na comunidade, a gente precisa de documento para ir no médico, para a cesta básica, e na cidade é mais difícil para gente ir”.
Presente durante os dois dias da ação as forças de segurança do Estado, DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Choque, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, promoveram uma conexão com a comunidade indígena e uma troca de vivências e escuta.
“É importante a interação do Batalhão de Choque com a sociedade para que a sociedade conheça o nosso trabalho de perto, entender que estamos trabalhando de forma técnica, e por isso a necessidade de especialização, para o melhor uso das ferramentas e equipamentos disponíveis, para atender as necessidades da sociedade. Nessa interação pudemos mostrar para pessoas que nunca tiveram a oportunidade de conhecer tão de perto os equipamentos atuais, a tecnologia, o auxílio dos cães na atividade policial, demonstrar um pouco do trabalho do canino “Bart”, falar sobre as demais companhias do Batalhão de Choque, Rocam e Rotac, trazer a mente dessas pessoas que a Polícia Militar está preparada para proteger o cidadão sul-mato-grossense”, explica o Sargento Duarte.
Parceiros
Prefeitura Municipal de Miranda, Anoreg, Ministério Regional do Trabalho e Emprego, Funtrab, Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, Defensoria Pública da União, Funai, Secretaria de Estado da Fazenda, Secretaria de Estado de Saúde, Faculdade Refferencial de Odontologia de Campo Grande; DSEI, SESAI, Coordenadoria Geral de Perícias – Instituto de Identificação Gonçalo Pereira, Receita Federal, INSS, Defensoria Pública Estadual, Ministério Público Estadual, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, DEAM, DOF, CHOQUE, BOPE, Corpo de Bombeiros Militar, Coordenadoria-Geral de Policiamento Aéreo da Sejusp, Coordenadoria Estadual de Polícia Comunitária, SENAI, FAMASUL/SENAR, Observatório da Cidadania, Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres, Subsecretaria de Políticas Públicas para Juventude, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Fudesporte e Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
Programa “MS em Ação: Segurança e Cidadania”
Instituído por meio da Resolução conjunta Sejusp e SEC Nº 001, foi criado com o propósito de fortalecer e aprimorar as políticas voltadas para o exercício pleno da cidadania, direcionadas às comunidades tradicionais, bem como às populações que residem em regiões remotas, de difícil acesso e em condições de vulnerabilidade.
Garantindo a proteção dos direitos humanos, a preservação da cultura e identidade, a promoção da igualdade e inclusão, o desenvolvimento sustentável, o empoderamento comunitário, a redução das disparidades sociais e o respeito ao território.
O Estado de Mato Grosso do Sul repetiu o processo bem-sucedido de 2023, cumprindo todas as etapas necessárias em ação da Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica) e a Segem (Secretaria Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo), para o preenchimento do formulário e apresentação das ações realizadas em 2024.
A renovação da certificação MigraCidades reflete o compromisso do Estado com a governança migratória e a promoção dos direitos humanos.
A certificação MigraCidades, entregue no início deste mês, é uma iniciativa conjunta da OIM (Organização Internacional para as Migrações) – parte do Sistema das Nações Unidas – e da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), com o apoio da Enap (Escola Nacional de Administração Pública).
MS concluiu todas as etapas necessárias para a obtenção do certificado
Este selo reconhece o engajamento de estados e municípios brasileiros na formulação e implementação de políticas migratórias alinhadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), promovendo uma migração ordenada, segura, regular e responsável.
O trabalho desenvolvido em Mato Grosso do Sul envolve ações integradas entre diversas secretarias e é coordenado pela Sead, por meio da Secretaria Executiva de Direitos Humanos. Essas ações abrangem iniciativas que promovem a integração social, cultural e econômica dos migrantes, contribuindo para a coesão social e fortalecendo a dignidade humana.
Certificação
O processo de certificação incluiu cinco etapas: inscrição, diagnóstico, priorização, certificação e monitoramento. Durante a avaliação, foram analisadas ações realizadas em 10 dimensões fundamentais para uma boa governança migratória, como participação social e cultural, acesso à educação, assistência social, proteção social e saúde. Relatórios detalhados das atividades e propostas de monitoramento também foram apresentados, consolidando o reconhecimento do Estado.
Entre as principais iniciativas desenvolvidas em prol dos migrantes estão o atendimento permanente por meio da Central de Atendimento em Direitos Humanos, apoio financeiro às OSC’s (Organizações da Sociedade Civil) que atuam com o público migrante, além de palestras e parcerias transversais entre secretarias do Governo. Estas ações reforçam o papel de Mato Grosso do Sul como um exemplo de inclusão e acolhimento no cenário nacional.
A entrega do Cepa (Certificado Estadual de Protetores de Animais) começou nesta semana, com a primeira ação realizada na sede da Suprova (Superintendência de Políticas Integradas de Proteção à Vida Animal).
A certificação, promovida pela Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), tem como objetivo reconhecer entidades e protetores independentes, além de facilitar o acesso a programas estaduais de suporte e bem-estar animal, como o ‘MS Vida Animal’.
Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com cerca de 300 entidades de proteção animal. Para obter o certificado, é necessário enviar RG, CPF, comprovante de residência, certidão negativa criminal e a carteirinha de vacinação antirrábica dos animais – que é gratuita – para o e-mail vidaanimal@setesc.ms.gov.br.
O certificado é emitido digitalmente e tem validade de um ano, garantindo que os dados sejam atualizados periodicamente.
O secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, destaca a importância da certificação para fortalecer a rede de proteção animal no estado.
“É um certificado que representa um grande avanço na valorização do trabalho dos protetores e das entidades que atuam na causa animal. Ao oferecer suporte e acesso a programas estaduais, garantimos que mais vidas sejam cuidadas com qualidade e responsabilidade”.
De acordo com o titular da Suprova, Carlos Eduardo Rodrigues, o certificado permitirá aos protetores acessar benefícios importantes, como a Caravana da Castração, programada para começar entre março e abril.
“A Caravana vai oferecer 25 vagas de castração por campanha às entidades certificadas. Hoje, as ONGs conseguem acesso por terem CNPJ, mas muitos protetores independentes não têm. Com o certificado, vamos interligá-los à ferramenta SigPet, que organiza o cadastro para as castrações”.
Outro benefício em fase de elaboração é a doação de rações. “Estamos trabalhando em um edital para compra de ração. O certificado nos ajudará a identificar a demanda real, como a quantidade de protetores e animais atendidos. Isso permitirá uma distribuição mais eficiente desse recurso”, afirma o titular da Suprova.
Sônia Marly Palhano, do Instituto Mãe de Pets, foi a primeira a receber o certificado. O Instituto abriga atualmente 222 cães e 32 gatos.
“Nosso maior desafio é manter a qualidade de vida dos animais. Temos altos custos com ração, medicação, atendimento veterinário e até energia elétrica. Esse certificado é um benefício gigantesco, porque vai nos ajudar com castrações, rações e até na redução de custos fixos. Ser protetora é enfrentar desafios diários, mas o amor pelos animais fala mais alto”.
A iniciativa da Suprova também busca incluir os protetores independentes, que muitas vezes têm mais animais sob seus cuidados do que as ONGs.
“Não havia nada no Estado que regularizasse a atuação dessas protetoras voluntárias. O certificado é uma forma de trazê-las para dentro das políticas públicas, garantindo que tenham acesso aos mesmos benefícios das entidades formalizadas”, finaliza Carlos Eduardo.
O Governo do Estado está realizando o Mapeamento de Criativos de Mato Grosso do Sul. A iniciativa da Superintendência de Economia Criativa e Políticas Integradas, vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), busca identificar e cadastrar agentes criativos de diversos segmentos, promover um diálogo mais próximo com a comunidade e facilitar a formulação de políticas públicas.
Titular da Setesc, Marcelo Miranda, destacou a importância da ação para o fortalecimento do setor. “A economia criativa é uma das forças que impulsionam o desenvolvimento sustentável e a valorização cultural do nosso estado. Esse mapeamento será essencial para que possamos criar políticas públicas eficientes e inclusivas, que atendam às demandas reais dos nossos criativos”.
Luciana Azambuja, superintendente estadual de Economia Criativa, reforça a relevância da iniciativa. “Sem o mapeamento, não sabemos onde estão e quem são os criativos de Mato Grosso do Sul, e não podemos fazer políticas públicas sem dados, sem estatísticas. Por isso, essa ação é fundamental para a criação do banco de dados do MS + Criativo”.
O cadastro é realizado de forma on-line, por meio de um formulário (clique aqui para acessar). A proposta inclui os segmentos de artesanato, música, artes visuais, artes cênicas, design, moda, gastronomia, cultura geek/nerd, literatura, audiovisual, entre outros.
Os dados coletados servirão como base para consultas e eventuais convites a ações realizadas pela Secretaria, sem gerar vínculos obrigatórios de contratação. “Os formulários recebidos ficarão armazenados no setor, permitindo que conheçamos as iniciativas criativas existentes em Mato Grosso do Sul e promovendo o desenvolvimento do setor”, conclui a superintendente.