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Como está a saúde da população trans? Governo de MS abre consulta pública para aprimorar linha de cuidado

A consulta pública será encerrada no dia 10 de outubro de 2024. 

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Nos próximos 30 dias a população trans de Mato Grosso do Sul vai poder dizer como está a linha de cuidado na saúde pública do Estado. Na terça-feira (10), as secretarias de Saúde e Cidadania abriram a consulta pública para receber contribuições tanto da população quanto dos profissionais.

São dois questionários para perfis diferentes. O primeiro link é exclusivo para profissionais de saúde, e o segundo, exclusivo para a comunidade LGBTQIA+.

Coordenadora do comitê técnico de saúde integral da população LGBT+, do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, a técnica na gerência de Equidade em Saúde, Lesly Lidiane Ledezma Abastoflor, explica que as pessoas vão poder descrever dados positivos e negativos do processo da linha de cuidado.

“É importante frisar que não é uma consulta pública sobre o ambulatório trans, e sim sobre a linha de cuidado de atenção à saúde integral das pessoas trans, uma ferramenta onde elas vão poder relatar as barreiras visíveis e invisíveis que já sofreram em algum atendimento no processo da linha de cuidado”, enfatiza Lesly.

Consulta pública foi apresentada em evento “Diálogos sobre saúde trans”, na Escola Superior da Defensoria Pública do Estado. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)

O lançamento da consulta pública ocorreu durante o evento “Diálogos sobre saúde trans” – reflexões acerca dos ambulatórios trans no Mato Grosso do Sul, realizado nesta terça-feira pela Defensoria Pública de MS, na Escola Superior da Defensoria.

Na oportunidade, estiveram reunidos representantes da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh), além de coordenadores da ATMS (Associação das Travestis e Transexuais de MS), IBRAT e de movimentos sociais e a população trans em geral.

Digitador, Luan Henrique da Silva Souza, de 29 anos, é membro do IBRAT/MS (Instituto Brasileiro de Transmaculinidades) e ressaltou como é fundamental discutir a saúde trans ouvindo a população.

Digitador, Luan Henrique compartilhou experiência de atendimento em saúde, ao lado da coordenadora da ATMS, Mikaella Lima. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)

“Tive um caso uma vez, de ir fazer uma ultrassom de vesícula, e passei por uma situação extremamente constrangedora. O rapaz que fez o exame percebeu que tinha algo ‘diferente’, e chamou outra pessoa para ver. Não era diferente, era um útero. Homem trans tem útero, tem vagina e quer ter os seus direitos. A gente precisa ter esse olhar específico”, compartilhou.

Diálogos

A programação trouxe ainda especialistas para debater o tema. A primeira a falar sobre “Humanização no atendimento de saúde: desafios e oportunidades”, foi a assistente social, especialista em saúde da família e mestranda, Bel Silva.

“A gente tem que pensar nos erros que nós, como profissionais de saúde, estamos cometendo, e o principal é essa questão do binarismo: de feminino e masculino apenas”, pontua Bel.

Mestre em saúde da família e servidora da SES, a assistente social Bel Silva falou das experiências profissionais e pessoais na saúde. Na mediação, esteve a superintendente de Atenção Primária à Saúde da SES, Karine Cavalcante da Costa.

Como mulher trans, ela também trouxe para o debate não só a vivência profissional como pessoal.

“É um absurdo a quantidade de violências que a gente sofre. É muito bom estarmos lançando uma consulta para profissionais e também a comunidade, que vão traçar como vai ser elaborada e aprimorada essa linha de cuidado. Quando aquela pessoa trans está chegando na unidade de saúde, a gente tem que pensar se ela tem habitação, trabalho, lazer. Não adianta só encaminhar para hormonização, temos que ter o olhar e o cuidado integral”, defende Bel.

Para o subsecretário de Políticas Públicas para População LGBTQIA+, pasta vinculada à Secretaria de Estado da Cidadania, Vagner Campos, a construção da pauta LGBT+ está diretamente ligada à capacidade de saber quem a política pública quer impactar.

Subsecretário de Políticas Públicas para População LGBTQIA+, Vagner Campos, destacou consulta pública como marco histórico.

“Trago aqui os sonhos as lutas do movimento social, que nas suas conferências, plenárias e debates, pautaram essa grande necessidade. E hoje, representando a Secretaria de Estado da Cidadania, quero trazer presente a equipe da Subsecretaria e todas as outras equipes que estiveram nessa luta e na possibilidade real de implantar uma política de tamanha grandeza”.

Coordenadora do Nudedh ( Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos), a defensora pública Thaísa Defante enfatizou o quão histórico foi o debate e a abertura da consulta.  “É uma honra e uma alegria participar deste momento. Nós mudamos o patamar da discussão, e estamos discutindo a linha de cuidado, o que poderemos fazer para melhorar e quais são os passos a serem tomados daqui pra frente”, resume.

Consulta pública

A consulta pública é a oportunidade para que a população e os profissionais da área participem ativamente da formulação de políticas públicas. Neste caso específico, os dois públicos vão contribuir com a revisão e aprimoramento da Linha de Cuidado do Processo Transexualizador em Mato Grosso do Sul.

Este é um passo crucial para garantir que a população trans receba cuidados de saúde respeitosos e eficazes.

Como participar?
 Para a população trans: Clique aqui para acessar o formulário;
 Para profissionais de saúde: Clique aqui para acessar o formulário.

A consulta pública será encerrada no dia 10 de outubro de 2024.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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, Mato Grosso do Sul renova certificação com o selo MigraCidades

A renovação da certificação MigraCidades reflete o compromisso do Estado com a governança migratória e a promoção dos direitos humanos.

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O Estado de Mato Grosso do Sul repetiu o processo bem-sucedido de 2023, cumprindo todas as etapas necessárias em ação da Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica) e a Segem (Secretaria Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo), para o preenchimento do formulário e apresentação das ações realizadas em 2024.

A renovação da certificação MigraCidades reflete o compromisso do Estado com a governança migratória e a promoção dos direitos humanos.

A certificação MigraCidades, entregue no início deste mês, é uma iniciativa conjunta da OIM (Organização Internacional para as Migrações) – parte do Sistema das Nações Unidas – e da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), com o apoio da Enap (Escola Nacional de Administração Pública).

MS concluiu todas as etapas necessárias para a obtenção do certificado

Este selo reconhece o engajamento de estados e municípios brasileiros na formulação e implementação de políticas migratórias alinhadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), promovendo uma migração ordenada, segura, regular e responsável.

O trabalho desenvolvido em Mato Grosso do Sul envolve ações integradas entre diversas secretarias e é coordenado pela Sead, por meio da Secretaria Executiva de Direitos Humanos. Essas ações abrangem iniciativas que promovem a integração social, cultural e econômica dos migrantes, contribuindo para a coesão social e fortalecendo a dignidade humana.

 Certificação

O processo de certificação incluiu cinco etapas: inscrição, diagnóstico, priorização, certificação e monitoramento. Durante a avaliação, foram analisadas ações realizadas em 10 dimensões fundamentais para uma boa governança migratória, como participação social e cultural, acesso à educação, assistência social, proteção social e saúde. Relatórios detalhados das atividades e propostas de monitoramento também foram apresentados, consolidando o reconhecimento do Estado.

Entre as principais iniciativas desenvolvidas em prol dos migrantes estão o atendimento permanente por meio da Central de Atendimento em Direitos Humanos, apoio financeiro às OSC’s (Organizações da Sociedade Civil) que atuam com o público migrante, além de palestras e parcerias transversais entre secretarias do Governo. Estas ações reforçam o papel de Mato Grosso do Sul como um exemplo de inclusão e acolhimento no cenário nacional.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Suprova inicia entrega da Certificação Estadual de Protetores de Animais

O certificado é emitido digitalmente e tem validade de um ano, garantindo que os dados sejam atualizados periodicamente.

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A entrega do Cepa (Certificado Estadual de Protetores de Animais) começou nesta semana, com a primeira ação realizada na sede da Suprova (Superintendência de Políticas Integradas de Proteção à Vida Animal).

A certificação, promovida pela Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), tem como objetivo reconhecer entidades e protetores independentes, além de facilitar o acesso a programas estaduais de suporte e bem-estar animal, como o ‘MS Vida Animal’.

Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com cerca de 300 entidades de proteção animal. Para obter o certificado, é necessário enviar RG, CPF, comprovante de residência, certidão negativa criminal e a carteirinha de vacinação antirrábica dos animais – que é gratuita – para o e-mail vidaanimal@setesc.ms.gov.br.

O certificado é emitido digitalmente e tem validade de um ano, garantindo que os dados sejam atualizados periodicamente.

O secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, destaca a importância da certificação para fortalecer a rede de proteção animal no estado.

“É um certificado que representa um grande avanço na valorização do trabalho dos protetores e das entidades que atuam na causa animal. Ao oferecer suporte e acesso a programas estaduais, garantimos que mais vidas sejam cuidadas com qualidade e responsabilidade”.

De acordo com o titular da Suprova, Carlos Eduardo Rodrigues, o certificado permitirá aos protetores acessar benefícios importantes, como a Caravana da Castração, programada para começar entre março e abril.

“A Caravana vai oferecer 25 vagas de castração por campanha às entidades certificadas. Hoje, as ONGs conseguem acesso por terem CNPJ, mas muitos protetores independentes não têm. Com o certificado, vamos interligá-los à ferramenta SigPet, que organiza o cadastro para as castrações”.

Outro benefício em fase de elaboração é a doação de rações. “Estamos trabalhando em um edital para compra de ração. O certificado nos ajudará a identificar a demanda real, como a quantidade de protetores e animais atendidos. Isso permitirá uma distribuição mais eficiente desse recurso”, afirma o titular da Suprova.

Sônia Marly Palhano, do Instituto Mãe de Pets, foi a primeira a receber o certificado. O Instituto abriga atualmente 222 cães e 32 gatos.

“Nosso maior desafio é manter a qualidade de vida dos animais. Temos altos custos com ração, medicação, atendimento veterinário e até energia elétrica. Esse certificado é um benefício gigantesco, porque vai nos ajudar com castrações, rações e até na redução de custos fixos. Ser protetora é enfrentar desafios diários, mas o amor pelos animais fala mais alto”.

A iniciativa da Suprova também busca incluir os protetores independentes, que muitas vezes têm mais animais sob seus cuidados do que as ONGs.

“Não havia nada no Estado que regularizasse a atuação dessas protetoras voluntárias. O certificado é uma forma de trazê-las para dentro das políticas públicas, garantindo que tenham acesso aos mesmos benefícios das entidades formalizadas”, finaliza Carlos Eduardo.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Governo de MS lança mapeamento para fomentar políticas públicas de economia criativa

Titular da Setesc, Marcelo Miranda, destacou a importância da ação para o fortalecimento do setor.

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O Governo do Estado está realizando o Mapeamento de Criativos de Mato Grosso do Sul. A iniciativa da Superintendência de Economia Criativa e Políticas Integradas, vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), busca identificar e cadastrar agentes criativos de diversos segmentos, promover um diálogo mais próximo com a comunidade e facilitar a formulação de políticas públicas.

Titular da Setesc, Marcelo Miranda, destacou a importância da ação para o fortalecimento do setor. “A economia criativa é uma das forças que impulsionam o desenvolvimento sustentável e a valorização cultural do nosso estado. Esse mapeamento será essencial para que possamos criar políticas públicas eficientes e inclusivas, que atendam às demandas reais dos nossos criativos”.

Luciana Azambuja, superintendente estadual de Economia Criativa, reforça a relevância da iniciativa. “Sem o mapeamento, não sabemos onde estão e quem são os criativos de Mato Grosso do Sul, e não podemos fazer políticas públicas sem dados, sem estatísticas. Por isso, essa ação é fundamental para a criação do banco de dados do MS + Criativo”.

O cadastro é realizado de forma on-line, por meio de um formulário (clique aqui para acessar). A proposta inclui os segmentos de artesanato, música, artes visuais, artes cênicas, design, moda, gastronomia, cultura geek/nerd, literatura, audiovisual, entre outros.

Os dados coletados servirão como base para consultas e eventuais convites a ações realizadas pela Secretaria, sem gerar vínculos obrigatórios de contratação. “Os formulários recebidos ficarão armazenados no setor, permitindo que conheçamos as iniciativas criativas existentes em Mato Grosso do Sul e promovendo o desenvolvimento do setor”, conclui a superintendente.

Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail economiacriativa@setesc.ms.gov.br ou pelo telefone (67) 3316-9320.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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