“Dourados precisa da Casa da Mulher Brasileira”. Esse foi o pedido entregue pelo vereador Elias Ishy (PT) e pelas representantes do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, para a ministra Aparecida Gonçalves, resultado da audiência pública realizada nesta semana na Câmara de Dourados. A solicitação é uma soma ainda com vários movimentos sociais, das bancadas estadual e federal e foi encaminhada juntamente com um abaixo-assinado.
O encontro da ministra com Ishy e o Conselho se deu durante audiência pública que debateu a violência contra as mulheres, na Assembleia Legislativa. Fizeram parte do momento a presidente do Conselho, Lusmaria Silva, o deputado Pedro Kemp, a subsecretária estadual Cristiane Santana, entre outras representantes das entidades e parlamentares, como a deputada Gleice Jane.
A ministra, por sua vez, afirmou em entrevista que o governo já retomou o programa “Mulher Viver Sem Violência”, que tem vários eixos de ação, um deles a Casa da Mulher Brasileira. “São 49 e nós esperamos mais uma aqui em Mato Grosso do Sul”, afirmou. De acordo com ela, isso está em análise, principalmente pelo tamanho do projeto.
A atividade anterior, na Câmara Municipal, teve como objetivo tratar das políticas públicas para as mulheres, principalmente em situação de violência, que vai ao encontro do que é o programa criado em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff. Campo Grande foi o primeiro a ser beneficiado com uma unidade, mas pela distância, há uma dificuldade nos atendimentos em toda a região sul do Estado. Por sua vez, a área de abrangência da região da Grande Dourados compreende 38 municípios com aproximadamente um milhão de habitantes. “Diante dessa realidade, a implantação se faz urgente e necessária”, enfatiza no documento.
De acordo com dados divulgados, o Mato Grosso do Sul tem a maior taxa de feminicídio do Brasil e lidera o ranking nacional com a maior taxa de assassinatos. Já em Dourados, uma mulher é vítima de violência a cada 6 horas e a violência doméstica cresceu 7,36% no ano passado. Também são altos os índices de violência de gênero nas reservas indígenas. “Certamente, a criação de uma Casa da Mulher Brasileira será um passo importante na garantia dos direitos das mulheres e no combate à violência de gênero em nossa região”, avalia Elias Ishy.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)