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Economia

CNC revisa para cima projeções de crescimento de turismo e serviços em 2022

Tomando-se como termômetro o fluxo de aeronaves, nos 10 principais aeroportos do País

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de 3,5% para 4,3% a expectativa de crescimento do turismo, em relação ao ano passado, por conta da tendência de atendimento à demanda reprimida nos últimos anos. A perspectiva é que o turismo brasileiro restabeleça o nível de ocupação de antes da pandemia a partir do início do período de contratações para a próxima alta temporada, encerrando 2022 com 319,4 mil postos de trabalho criados.

Para o setor de serviços, a despeito da aceleração de preços, a entidade revisou de 1,9% para 2,5% a previsão de alta do volume de receitas deste ano em relação a 2021. O volume de receitas do setor de serviços cresceu 0,7%, em junho, em relação a maio de 2022, já descontados os efeitos sazonais, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a alta de 6,3% foi a 16ª seguida.

O maior destaque do mês são os avanços de 3% nos serviços gerais prestados às famílias, de 2,4% nos transportes terrestres e de 2,2% nos serviços técnico-profissionais. “Além da volta da circulação normal das pessoas após a pandemia, que tem impulsionado essas atividades desde a segunda metade do ano passado, os preços dos serviços ainda não sofreram todo o choque esperado, mesmo tendo acelerado significativamente nos últimos meses”, explica José Roberto Tadros, presidente da CNC. Para um IPCA de 11,9% no acumulado de 12 meses até junho, o grupo “serviços” acusava variação de 8,7%.

“Apesar de ter sido um dos mais atingidos pelas consequências econômicas decorrentes da pandemia, quando comparado aos demais setores da economia, o setor de serviços apresenta atualmente crescimento de 7%, o maior em relação ao nível de atividade verificado antes do início da crise sanitária”, conclui Tadros.

Retomada gradual de voos, apesar da alta do valor das passagens

“Apesar de ter voltado ao vermelho após restabelecer o volume de receitas no nível pré-pandemia em maio, o turismo ainda segue com expectativas favoráveis, principalmente levando-se em consideração o potencial de regeneração do fluxo de visitantes no Brasil”, afirma o economista da CNC Fabio Bentes.

Tomando-se como termômetro o fluxo de aeronaves, nos 10 principais aeroportos do País – responsáveis por quase 7 em cada 10 voos diários –, após uma queda de 89% durante a primeira onda da pandemia, iniciou-se um consistente processo de recuperação. Bentes analisa: “esse fluxo diário ainda está 15% abaixo do verificado no início de 2020, mas os aeroportos com vocação para o atendimento de demandas regionais já recuperaram o movimento habitual”.

Um dos fatores que vêm freando a aceleração da retomada do turismo é o preço das passagens aéreas. Segundo o IPCA, houve variação de 122,4% no acumulado de 12 meses até junho deste ano.

Recuperação dos postos de trabalho

Outro indício da aposta na recuperação nos próximos meses tem sido a reação do mercado formal de trabalho nessas atividades. Nos seis primeiros meses da pandemia, a queda abrupta da atividade levou o setor a eliminar 469,8 mil vagas formais – um encolhimento equivalente a 12%.

Nos meses subsequentes, o setor apresentou recuperação robusta, recolocando, no acumulado de outubro de 2020 a junho de 2022, 365,1 mil dessas vagas. O destaque é para a contratação de 271 mil pessoas nos bares e restaurantes e 67,4 mil nos serviços de hospedagem. Desde maio do ano passado, os saldos mensais entre admissões e desligamentos são positivos.

Confira aqui a análise completa.

 

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Economia

Taxa de desemprego atinge menor patamar desde 2012

Índice ficou em 6,2% no trimestre encerrado em outubro

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A taxa de desocupação no país, também conhecida como taxa de desemprego, ficou em 6,2% no trimestre encerrado em outubro deste ano. A taxa é a menor registrada desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, em 2012.

O trimestre anterior, encerrado em julho deste ano, havia registrado taxa de 6,8%. Em outubro do ano passado, havia ficado em 7,6%.

A população ocupada (103,6 milhões) também atingiu recorde, ficando 1,5% acima da média do trimestre encerrado em julho e 3,4% superior a outubro.

A população desocupada recuou para 6,8 milhões, ou seja, 8% a menos (menos 591 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 17,2% inferior a outubro de 2023 (menos 1,4 milhão de pessoas). É o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.

O rendimento real habitual do trabalhador ficou em R$ 3.255, ficando estável na comparação trimestral e crescendo 3,9% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 332,6 bilhões) cresceu 2,4% (mais R$ 7,7 bilhões) no trimestre e 7,7% (mais R$ 23,6 bilhões) no ano.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Economia

Setor de máquinas registra crescimento em outubro, diz Abimaq

Aumento foi de 11,3% em relação ao mês anterior

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O setor de máquinas e equipamentos registrou crescimento em outubro, com a receita líquida total do setor somando R$ 26,3 bilhões, o que representa aumento de 11,3% em relação ao mês anterior e de 6,4% na comparação anual.

O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (27) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A elevação foi puxada pela melhora nas exportações e nas vendas no mercado doméstico.

As vendas no mercado externo cresceram 8,2% na comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo mês de 2023, houve leve queda de 0,6%, após o crescimento de 12,2% registrado em setembro de 2024. Segundo a Abimaq, a queda em relação ao mesmo período de 2023 ocorreu pela contração nos preços relativos (-5,2%).

Já em quantidade houve crescimento de 5,4%. No mês as exportações atingiram US$ 1,407 bilhão, o melhor resultado de 2024. No acumulado do ano, o resultado acumulado ficou 7% abaixo do resultado de 2023 (janeiro a outubro) mantendo a tendência de recuperação.

As importações somaram US$ 2,7 bilhões, em outubro, 6,1% a mais do que em setembro e um aumento de 32,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O consumo aparente do setor de máquinas e equipamentos – que considera o total da produção industrial doméstica e as importações, deduzidas as exportações – teve elevação de 10,5% na comparação mensal. Em relação a outubro do ano passado, houve alta de 21,6%.

Pessoal ocupado

No mês de outubro houve melhora no número de pessoas empregadas no setor, que somou 398 mil colaboradores. O crescimento foi de 0,1% em relação a setembro e de 1,5% em relação a outubro de 2023.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Economia

Pacote de corte de gastos vai atingir supersalários e grandes fortunas

Ministro do Trabalho, Luiz Marinho adiantou pontos das medidas

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O pacote de corte de gastos a ser anunciado nesta quarta-feira (27) pelo governo federal abordará supersalários no serviço público e imposto sobre grandes fortunas, disse há pouco o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Em entrevista coletiva para explicar a criação de 132,7 mil postos de trabalho em outubro, o ministro adiantou alguns pontos das medidas.

“Supersalários, imposto para super-ricos, vem tudo aí. Pacote completo”, disse Marinho. Perguntado se o pacote também envolve aumento de correção na tabela do Imposto de Renda, o ministro simplesmente disse: “Tudo”, sem entrar em detalhes.

Em relação ao seguro-desemprego, Marinho declarou que não haverá mudança de regra. Segundo o ministro, a ideia chegou a ser discutida no pacote, mas não avançou.

“Não há mudança de regra para o seguro-desemprego, por exemplo, mas vamos aguardar os detalhes. Se não eu vou furar o olho do colega [ministro da Fazenda, Fernando Haddad]. [O pacote] será muito diferente do que estava sendo desenhado até então”, disse. Em relação ao abono, Marinho nem confirmou nem negou alterações.

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Marinho confirmou que o pacote a ser anunciado às 20h30, em cadeia de rádio e TV, pelo ministro Haddad será detalhado nesta quinta-feira (28) em entrevista coletiva. Há um mês, o governo tenta enviar medidas de corte de gastos obrigatórios que impeçam, até 2027, o estouro do limite das despesas do arcabouço fiscal. Em vigor desde o ano passado, o marco fiscal restringe o crescimento real (acima da inflação) das despesas do governo a 70% do crescimento real das receitas, limitado a 2,5% acima da inflação por ano.

Debates

Em outubro, Marinho chegou a anunciar que pediria demissão se o Ministério do Trabalho não fosse ouvido na elaboração do pacote. Nesta quarta-feira, o ministro disse ter mudado de opinião porque conseguiu botar as “impressões digitais” nas medidas.

“Eu disse [em outubro] que, se não fosse ouvido, eu pediria demissão. Mas fui envolvido. Participei do debate. Hoje Haddad fará o pronunciamento. Amanhã serão anunciados os detalhes. Lá tem as minhas digitais nos debates lá colocados”, declarou.

Outras medidas

Na segunda-feira (25), Haddad confirmou que o pacote também trará medidas para reformar a previdência dos militares, reformular o Vale Gás e limitar os supersalários no funcionalismo público federal.

Na entrevista de hoje, Marinho disse que o pacote de corte de gastos é necessário para ajustar o ritmo de crescimento dos gastos ao das receitas. “A PEC [proposta de emenda à Constituição] da Transição resolveu um problema herdado do governo anterior e resolveu que a economia funcionasse por dois anos. Agora é preciso ajustar a velocidade de despesas com receitas. No ano passado, o Congresso não aprovou todo o desejado [pelo governo]”, declarou.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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