Saúde

Casos de raiva confirmados em Mato Grosso do Sul atingiu apenas 10% de cobertura vacinal em cães e gatos

Em 2023, foram registrados sete casos de raiva em morcegos, todos em Campo Grande

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O Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande (CCEV) alerta a população sobre os riscos de ter contato com morcegos encontrados caídos dentro de casa, no quintal ou praças, parques e vias públicas.

O animal pode transmitir Raiva e a transmissão da doença acontece quando se tem contato direto com a sua pele ou saliva , ou a partir da mordida, lambidas ou machucados causados por mamíferos contaminados, incluindo animais domésticos, como cães e gatos.  Os morcegos geralmente ocupam copas e folhagens de árvores e arbustos, mas podem procurar um espaço doméstico que esteja escuro para se abrigar, como forros, lajes, sótãos, porões, caixas de ar-condicionado, calhas, ambientes abandonados, entre outros. Por isso é importante manter estes locais sempre vedados.

Quem encontrar um morcego  (vivo ou morto) deve isolar o animal e entrar em contato com o CCZ por telefone. É necessário ainda evitar que os animais de estimação tenham contato com o morcego. Pode se fazer a captura utilizando um balde ou uma caixa de papelão, sempre evitando o contato direto com o animal. A recomendação é utilizar luvas e manusear com auxílio de um outro material.

Nem todos os morcegos estão infectados com o vírus da Raiva, no entanto todos os cuidados são necessários. Eles possuem hábitos crepuscular e noturno, porém quando estão doentes, podem ser vistos durante o dia e caídos no chão.

Incurável nos animais e fatal em 100% dos casos, a doença é uma zoonose e, portanto, também pode afetar os seres humanos. A raiva é letal aos humanos.

Os morcegos são protegidos pela Lei Federal 9.605 de fevereiro de 1998 e, portanto, não devem ser caçados ou mortos. Diversas espécies de morcegos convivem nos centros urbanos, se valendo, direta ou indiretamente, e em diferentes níveis, das profundas alterações ambientais realizadas pelo homem. Eles são extremamente importantes para manutenção do equilíbrio ambiental, pois fazem a polinização de plantas, disseminam sementes e controlam a população de insetos.

Há mais de uma década, Campo Grande não registra novos casos positivos de raiva em cães e gatos. No entanto, em 2023, a Capital confirmou sete casos da doença em morcegos, que são os principais transmissores da raiva. Apesar desses casos, a procura pela vacinação antirrábica em cães e gatos em Mato Grosso do Sul permanece baixa, com apenas 10,19% de cobertura vacinal registrada em dois meses.

Mesmo sem novos casos em cães, gatos e humanos, a vacina antirrábica é obrigatória em todo o território nacional. Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Campo Grande mantém uma cobertura vacinal vigilante para cães e gatos, uma vez que morcegos positivos para a doença têm sido identificados com frequência na área.

Os casos de morcegos com raiva têm aumentado anualmente em Campo Grande. Em 2021, foram registrados quatro casos; em 2022, foram seis; e até setembro deste ano, já foram identificados sete morcegos com raiva, dos 587 recolhidos até o momento.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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