Após envio de amostra para o Lacen-MS (Laboratório Central de Saúde Pública), a SES (Secretaria de Estado da Saúde) descarta caso de Oropouche que estava em investigação.
Amostras com suspeita de arboviroses, normalmente encaminhadas para detecção de Zika (Z), Dengue (D), ou Chikungunya (C), são inicialmente testadas utilizando-se a técnica de RT-PCR, mesma utilizada para diagnóstico do Covid-19 e demais vírus respiratórios. Caso as amostras testadas sejam negativas para Zika (Z), Dengue (D) ou Chikungunya (C), protocolo ZDC, a amostra então é submetida a uma segunda rodada de RT-PCR, na qual são testadas para a presença dos arbovírus Oroupouche e Mayaro.
No histórico do paciente, houve relato de viagem para o estado do Acre, área considerada endêmica para a transmissão de malária, justificando a solicitação de exame para esta doença. Conforme a investigação da vigilância epidemiológica e resultado de outro exame encaminhado ao laboratório municipal, o caso foi confirmado para malária.
A malária é uma doença infecciosa causada por um parasito do gênero Plasmodium, que é transmitido para humanos pela picada de fêmeas infectadas dos mosquitos Anopheles (mosquito-prego). Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno. Portanto, não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir malária diretamente a outra pessoa.
É considerado caso suspeito de malária toda pessoa residente em (ou que tenha se deslocado para) área onde haja possibilidade de transmissão, no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas, e que apresente febre, acompanhada ou não dos seguintes sintomas: cefaleia, calafrios, sudorese, cansaço, mialgia; ou toda pessoa submetida ao exame para malária durante investigação epidemiológica.
No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentram na região amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Na região extra-amazônica, composta pelas demais unidades federativas, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada.
A SES ressalta a importância de procurar o serviço de saúde mais próximo quando há sintomas e histórico de viagem para estas regiões.
No estado do Mato Grosso do Sul, há registro de casos importados (alóctones) de malária. Neste ano, o estado tem 03 casos confirmados para doença, enquanto em 2023 foram registrados 16 casos.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)