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Saúde

Adolescente com doença grave recebe transplante de fígado em SP

Tímida, Tamires só consegue agradecer. “Agradeço a todos aqueles que salvaram a minha vida”.

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Tamires da Silva Alves, de 14 anos, pode dizer que o dia 1º de novembro de 2021 se tornou um marco em sua vida. A data coincide com o transplante de fígado, realizado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, após a adolescente ter sido diagnosticada com Hepatite Aguda Grave pela Santa Casa de Campo Grande. O processo entre o diagnóstico até a internação em São Paulo levou 60 horas, com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), disponibilizando uma aeronave devido à gravidade e concedendo à paciente e acompanhante assistência através do Programa para Tratamento Fora de Domicílio (TFD).

Assim como no caso de Tamires, o Estado disponibilizou ajuda humanitária a 42 pacientes em 2021 e seis foram encaminhados neste ano para a realização de transplantes em outros estados do país, contando com a assistência do TFD. No caso de paciente hepatopata, um homem de 68 anos foi encaminhado para São Paulo e 40 já passaram por atendimentos no Hospital Adventista do Pênfigo de Campo Grande – referência no tratamento desde 4 de janeiro de 2022.

Seguindo a trajetória, após a internação no Hospital das Clínicas, Mônica da Silva Alves, de 38 anos, mãe de Tamires, – ambas natural de Nazaré das Farinhas, interior da Bahia e residentes há oito ano em Mato Grosso do Sul –, lembra que as duas aguardaram por mais três dias até que surgisse um órgão que fosse compatível. “Foi uma alegria, um misto de emoção e esperança. Deus foi maravilhoso conosco e graças a Ele, a Tamires está aqui, firme e forte.” A cirurgia de Tamires durou 10 horas.

Após quatro meses de tratamento em São Paulo, Tamires retornou no dia 26 de fevereiro de 2022 ao Estado, onde nesta segunda-feira (7), passou pela primeira consulta do pós-operatório no ambulatório do Hospital Adventista do Pênfigo de Campo Grande. Durante a visita à paciente, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, ficou emocionado com a sua história.

“A história desta mocinha é muito bonita, de superação, que já passou por esta experiência e pode ser considerada uma pessoa vitoriosa. Ela teve uma doença grave com um desfecho feliz. Que esta história sirva de exemplo para todos aqueles que possam ser doadores de órgãos. Pedimos aos familiares de pessoas que infelizmente sofreram acidente ou que foi identificada a morte encefálica, para que digam ‘sim’ à doação de órgãos. Nós precisamos fomentar e queremos implantar este serviço no Hospital Adventista do Pênfigo de Campo Grande, com a colaboração do Dr. Gustavo Rapassi e de toda a sua equipe, para montarmos uma estratégia que seja referência em transplantes hepáticos e de muito órgãos. Por isso, o Estado precisa avançar nesta questão do transplante em Mato Grosso do Sul”, ressalta Resende.

Conforme levantamento realizado pela SES, há outros pacientes aguardando na fila a espera de doação órgãos como: 145 de rim, 279 de córnea e seis de coração. Até o momento, neste ano, foram transplantados 29 córneas e um rim.

A descoberta

Mônica relata que a filha começou a sentir dores abdominais como primeiros sintomas. “Mas nos últimos meses passou a apresentar náuseas e os olhos começaram a ficar amarelos. Fiquei preocupada e a levei no UPA, de lá os médicos nos encaminharam para a Santa Casa de Campo Grande. Depois da realização de vários exames, apareceram diversas alterações nos resultados e recebemos o diagnóstico de Hepatite Aguda Grave. Isto foi muito difícil para nós, principalmente para mim, que só chorava e mal conseguia falar – estava muito desesperada. Passamos por uma situação que não desejo a ninguém. Imagina estar com uma menina saudável e de repente tudo mudar. Meu mundo desabou. Mas graças a Deus, todos agiram muito rápido e estamos aqui”.

 

Para o médico Gustavo Rapassi, Tamires chegou com um quadro de Hepatite Aguda Grave, cujo o tratamento precisava ser imediato. “A nossa principal preocupação era que a doença não evoluísse para uma hepatite fulminante – último estágio da doença. Quando ela deu entrada no hospital [Santa Casa], nós já pensamos nesta possibilidade de transplante e tratamos a gravidade da forma como ela merecia. De imediato, buscamos o contato com um hospital que pudesse receber uma paciente tão grave – o Hospital das Clínicas de pronto nos abriu as portas para recebê-la, conseguimos o transporte aéreo por parte do Governo do Estado, via a SES, e em menos de 60 horas do diagnóstico, ela já estava dando entrada no Hospital das Clínicas. Foi um transplante difícil, com algumas complicações devido à gravidade da doença, mas graças a Deus, deu tudo certo”.

Quanto ao pós-operatório, o Hospital Adventista do Pênfigo de Campo Grande decidiu apoiar a causa do transplante em Mato Grosso do Sul, onde com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, pretende-se criar um Centro Especializado em Hepatologia para o cuidado com o paciente portador de doença crônica do fígado.

“Assim, estamos trabalhando de duas formas: com o ambulatório do pré-transplante, onde a gente recebe os pacientes sem necessidade de regulação, de portas abertas, basta o paciente fazer um contato prévio. Àquele paciente que tem necessidade de transplante, nós buscamos uma equipe em algum centro para que possa receber este paciente. Uma vez que estes pacientes são transplantados, começamos o acompanhamento ambulatorial e tudo de forma gradual. A Tamires vai passar por uma consulta conosco e outra lá no Hospital das Clínicas recebendo o apoio do Estado, até que ela possa acompanhar o seu pós-operatório somente conosco. A outra é que nós demos entrada no programa de retirada de órgãos, acompanhamos a equipe de retirada, fazemos a extração de órgãos e enviamos para outros estados, mas nós estamos no ponto final de estruturação para que a gente comece até dezembro o transplante de rim e fígado no Hospital do Pênfigo”, explica Rapassi.

“Este é o SUS que dá certo. É o SUS que queremos construir em Mato Grosso do Sul e este caso da Tamires é um exemplo para todos nós”, comemora o secretário que também é entusiasta para qualquer tipo de transplante realizado no Estado.

Retomada

Mônica agradece a todos que colaboraram para ajudar Tamires e diz que agora a missão é retomar a vida. “Vou arrumar um emprego, já que fui desligada via celular em razão do tratamento da minha filha. Tive que entregar a casa que morava com os meus outros filhos e fui para casa de parentes, mas agora estamos retomando à vida. Quero agradecer muito a todos que lembraram e fizeram pela minha filha. Agradeço ao Estado, à SES, o Dr. Geraldo, o Dr. Gustavo e a toda a sua equipe, a Dra. Liliane Ducatti – do Hospital das Clínicas que também foi um anjo para nós. Assim, agradeço a todos por esta ajuda.”

Tímida, Tamires só consegue agradecer. “Agradeço a todos aqueles que salvaram a minha vida”.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Saúde

Violência aumenta risco de internação psiquiátrica entre jovens

Estudo foi feito pela Fiocruz Bahia e Universidade de Harvard

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Crianças, adolescentes e jovens com baixa renda, vítimas de violência, têm cinco vezes mais risco de precisar de uma internação psiquiátrica, de acordo com estudo realizado pela Fiocruz Bahia em parceria com a Universidade de Harvard. Quando são analisadas apenas crianças, o risco aumenta para sete vezes. As taxas de incidência de hospitalização também apresentaram grande disparidade. Entre jovens vítimas de violência interpessoal foi de 80,1 por 100 mil pessoas ao ano, enquanto entre não vítimas foi de 11,67 a cada 100 mil.  

O estudo utilizou dados do Sistema de Informações Hospitalares, referentes a internações voluntárias ou não, e também do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. No Brasil, desde 2011, os serviços de saúde são obrigados a notificar todos os casos de pacientes que sofreram alguma violência física – de caráter sexual ou não – ou psicológica.

Após analisar dados de mais de 9 milhões de pessoas com baixa renda, de 5 a 24 anos de idade, entre 2011 e 2019, o estudo identificou cerca de 5,8 mil que já tinham sido internadas por algum transtorno mental, como causa primária ou secundária.

A pesquisadora associada ao Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fiocruz Bahia Lidiane Toledo disse que em todas as faixas etárias o registro prévio de notificação de violência foi o principal fator associado ao risco de internação psiquiátrica.

“Jovens com condições socioeconômicas mais desfavoráveis também apresentaram maior risco de internação psiquiátrica”.

A pesquisadora ressalta ainda que apesar da internação oferecer um suporte clínico importante em casos graves, ela está associada a riscos de autolesão, suicídio e reinternações, e também a prejuízos em outras áreas da vida, como a interrupção dos estudos. Por isso, segundo a pesquisadora, o estudo defende abordagens focadas na prevenção da violência nas escolas, nas comunidades e nas famílias, como programas que ensinem habilidades parentais positivas e responsáveis, e habilidades sociais que ajudem as crianças e adolescentes a lidar com a raiva, resolver conflitos e enfrentar desafios.

A pesquisadora reforça também que são necessárias intervenções para romper o ciclo da pobreza.

“Sofrer violência é um grande fator de estresse psíquico, particularmente se a gente considerar os primeiros estágios da vida. A violência está associada não somente a traumas agudos, mas também a repercussões negativas, como, por exemplo, a deterioração da saúde mental durante o curso da vida. Então é importantíssimo não só o acolhimento imediato das vítimas de violência, mas também o acompanhamento de longo prazo”, explica Lidiane.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Saúde

Riscos dos Cigarros Eletrônicos: SES reúne especialistas em Workshop sobre Comércio Ilícito de Tabaco

Os dispositivos eletrônicos para fumar, amplamente utilizados pelos jovens, têm gerado preocupações em relação aos seus efeitos nocivos à saúde.

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Capacitar e qualificar profissionais de diversas áreas do serviço público para o enfrentamento do comércio ilegal de produtos derivados do tabaco, em especial os cigarros eletrônicos, os chamados vapes e pods. É com esse propósito que a Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde, promoveu nos dias 25 e 26 deste mês o I Workshop Estadual sobre Comércio Ilícito de Produtos Fumígenos e seus Malefícios à Saúde, com foco em Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs).

O Workshop contou com a presença de analistas e especialistas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do setor de Prevenção do Câncer da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Durante as palestras e discussões, foram abordados temas como a regulação do comércio de produtos derivados do tabaco, os riscos à saúde associados ao uso de dispositivos eletrônicos para fumar, além de estratégias de prevenção e controle do tabagismo.

Vera Lucia Borges, analista do INCA

“Este workshop é uma iniciativa essencial para fortalecer a atuação dos profissionais da saúde no combate ao comércio ilícito de produtos fumígenos, que tem crescido de forma alarmante e representa um sério risco à saúde pública. É urgente a promoção de políticas públicas eficazes para a conscientização dos malefícios destas substâncias entre a população, especialmente os jovens, que são os mais afetados pelo apelo dos cigarros eletrônicos” destacou Vera Lucia Borges, analista de Prevenção do Câncer da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA.

Dados do Inca revelam que, entre 2023 e 2025, devem surgir anualmente 704 mil novos casos de câncer no Brasil, muitos deles relacionados ao consumo de tabaco e seus derivados. Estima-se que no mesmo período, serão registrados: 15.100 casos de câncer de cavidade oral; 10.950 de câncer de esôfago; 11.370 de câncer de bexiga; e 7.790 de câncer de laringe.

Os dispositivos eletrônicos para fumar, amplamente utilizados pelos jovens, têm gerado preocupações em relação aos seus efeitos nocivos à saúde. Estudos recentes apontam que esses produtos contêm substâncias tóxicas e aditivos prejudiciais, além de contribuírem para a dependência da nicotina.

Conforme dados da Anvisa, em Mato Grosso do Sul o consumo de cigarros eletrônicos é alto. Com 4% da população usando esses dispositivos, o Estado ocupa a segunda posição no ranking nacional, atrás apenas do Paraná (4,5%). Entre jovens de 18 a 24 anos, o índice chega a14,9%.

Matheus Pirolo, Vigilância Sanitária da SES

De acordo com Matheus Pirolo, gerente de Apoio ao Sistema Estadual de Vigilância Sanitária da SES, os malefícios a saúde são vários, podendo abarcar doenças pulmonares, cardiovasculares e até cancerígenas para os fumantes de cigarros eletrônicos e para quem convive com o fumante, caso denominado do fumante passivo. “A fumaça branca expelida pelo cigarro eletrônico não é vapor d’agua, e sim um aerossol composto por partículas ultrafinas, metais pesados e substância tóxicas provenientes do aquecimento do líquido sintético contido no interior do cigarro eletrônico, afirma Pirolo.

Para o gerente de Vigilância Sanitária da SES o evento também proporcionou um espaço para troca de experiências e conhecimentos entre os participantes, visando à articulação de ações efetivas de prevenção e vigilância sanitária. “É fundamental que os profissionais estejam preparados para enfrentar os desafios impostos pelo comércio ilícito e proteger a saúde da população”, enfatizou.

A comercialização de cigarros eletrônicos é proibida pela Resolução n. 855/2024 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e o uso desse produto é proibido no ambiente escolar e nos demais locais de uso coletivo fechado pela Lei Estadual n. 3.576/2008 e pela Lei Federal n. 9.294/1996.

Para quem for flagrado comercializando cigarros eletrônicos, a multa sanitária pode chegar a até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), além da apreensão do produto ilícito, sem prejuízo do encaminhamento do caso para apuração de crime pela polícia civil e para a Promotoria da Infância e Juventude se a venda for realizada para crianças ou adolescentes. Para denúncias sobre comercialização de cigarros eletrônicos, ligue para 136 ou 151.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Saúde

Premiado, Projeto Navio retomará ações em janeiro com atendimento integral à comunidade ribeirinha

Trabalho da SES foi premiado por dois meses consecutivos, recebendo reconhecimento estadual e nacional. A próxima edição terá 21 dias, ampliando o alcance e o impacto das ações de saúde

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Após conquistar o segundo prêmio consecutivo, o Projeto Navio já se prepara para sua terceira missão, que terá início em meados de janeiro de 2025. A iniciativa, que atende comunidades ribeirinhas, percorrerá o trajeto de Ladário a Porto Murtinho, levando assistência médica, odontológica, vacinação, exames e ações de vigilância em saúde em uma abordagem integrada de saúde única. A previsão é de que a expedição dure cerca de 21 dias.

Com foco na saúde humana, animal e ambiental, o projeto também realiza atividades de educação em saúde, incluindo a distribuição de filtros de barro e hipoclorito para conscientizar sobre a qualidade da água. Além disso, reforça a vacinação e promove orientações práticas que impactam diretamente o bem-estar das populações atendidas.

Na última missão, foram realizados cerca de 500 atendimentos, número que a equipe pretende superar em janeiro. “Estamos indo para a terceira edição e com isso incorporando mais pessoas, mais tecnologia, mais inovações e projetos que possam efetivamente melhorar as condições de vida e saúde dessa população”, adianta a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone.

Reconhecimento

Em novembro, projeto foi um dos vencedores do XIX Prêmio Sul-Mato-Grossense de Inovação na Gestão Pública – Edição 2024 (Foto: Álvaro Rezende)

O Projeto Navio (Navegação Ampliada para a Vigilância Intensiva e Otimizada) foi idealizado para levar assistência às comunidades ribeirinhas e regiões de difícil acesso no Pantanal, oferecendo uma solução inovadora que integra as dimensões da saúde humana, animal e ambiental, em um conceito de Saúde Única.

A iniciativa é fruto de colaboração entre a SES/MS, Fiocruz Minas (Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais), a Marinha do Brasil e a SES/MT (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso).

Em outubro deste ano, o projeto conquistou o segundo lugar na 28ª edição do Concurso de Inovação no Setor Público, promovido pela ENAP (Escola Nacional de Administração Pública). A premiação reconheceu a excelência da iniciativa ao fortalecer a gestão pública, promovendo maior eficiência e ampliando o acesso a serviços de qualidade para a população, especialmente nas áreas mais remotas do Estado.

E em novembro, foi um dos vencedores do XIX Prêmio Sul-Mato-Grossense de Inovação na Gestão Pública – Edição 2024, conquistando o 2º lugar no Eixo Inovação e Sustentabilidade. Realizado pela Escolagov, o concurso teve por objetivo reconhecer e premiar as melhores iniciativas de inovação no setor público estadual, incentivando a adoção de práticas mais eficientes e criativas na gestão pública.

“As premiações reconheceram a excelência da iniciativa ao fortalecer a gestão pública, destacando a inovação da Coordenadoria de Saúde Única, a primeira no Brasil com essa abordagem integrada. Ao trabalhar de forma unificada entre diversos setores, conseguimos alcançar resultados significativos para as populações ribeirinhas e para todo o estado. É importante também destacar o empenho e a dedicação dos colaboradores da SES, que foram fundamentais para a concretização deste projeto”, finaliza a Coordenadora de Saúde Única, Danila Frias.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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